Cerca de 5% dos bebês que nascem de mães infetadas com vírus Zika têm deficiências

09 de junho, 2017

Uma pesquisa apontou que cerca de 5% dos bebês nascidos de mães infetadas com o vírus zika apresentam deficiências. A análise foi levada a cabo pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

(Observado, 09/06/2017 – acesse no site de origem)

A primeira análise aos nascimentos de bebês com mães afetadas pelo vírus zika, nos Estados Unidos da América (EUA), foi publicada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). A pesquisa aponta que cerca de 5% dos bebês apresentam deficiências à nascença. O relatório que aborda 2500 gravidezes em território norte-americano revela que 122 bebês (cerca de 5%), nasciam com deficiências, no período entre 1 de janeiro de 2016 e 25 de abril de 2017. Este é o maior estudo neste âmbito feito até agora na América.

A infeção em qualquer trimestre da gravidez pode levar a graves defeitos congênitos, é um vírus muito perigoso em contexto de gestação”, disse Anne Schuchat, diretora do CDC, ao The Guardian.

O relatório não especificou em que locais foram identificados os nascimentos relacionados com o vírus, mas sérias questões são levantadas sobre a vigilância de Porto Rico em relação à doença transportada pelo mosquito, que documentou o maior número de casos relacionados com o vírus nos EUA.

Noutro estudo publicado esta terça-feira mostra a análise das medidas tomadas pelas mulheres grávidas para evitar a doença em Porto Rico, durante o ano de 2016. Cerca de 76,95% de 2.364 mulheres que participaram na pesquisa dizem ter feito o teste ao vírus durante o primeiro ou segundo trimestre da gravidez. Porém, o CDC recomenda que as mulheres de Porto Rico façam testes em todos os trimestres da gestação.

No início desta semana o governo territorial de Porto Rico declarou que a epidemia do Zika “acabou”, depois das infeções terem caído dos oito mil casos semanais para 10. O CDC continua a alertar para que mulheres grávidas não viagem até Porto Rico.

“O zika não desapareceu e apesar de decresceram o número de novos casos, continua a preocupação para mulheres grávidas que vivem em território norte-americano”, afirma Anne Schuchat. “Devemos continuar a prepararmo-nos para outra vaga de mosquitos, enquanto os investigadores procuram um método mais eficaz de prevenir a doença, através de uma vacina que se encontra em desenvolvimento”.

 

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