Especial JC sobre feminicídio atinge mais de 116 mil visualizações

03 de maio, 2018

Além dos números de homicídios e feminicídios, o site traz várias reportagens que abordam diferentes aspectos da matança de mulheres em Pernambuco

(JC Online, 03/05/2018 – acesse no site de origem)

O especial multimídia #UmaPorUma, que vai contar todas as mulheres assassinadas em Pernambuco ao longo de 2018, teve mais de 116 mil visualizações até a tarde de ontem. Lançado no último domingo no endereço umaporuma.com.br e abrigado no Portal NE10, o projeto traz o perfil das 77 mulheres assassinadas no Estado nos meses de janeiro a março deste ano. Desse total, 17 foram vítimas de feminicídio. Em quatro dias de veiculação, o site recebeu mais de 101 mil visitantes únicos. A repercussão tem atingido internautas de todo o País e do exterior.

Nas redes sociais do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC), foram quase 27 mil visualizações de vídeos que divulgavam o conteúdo do projeto. As publicações geraram cerca de oito mil interações. O tema teve grande alcance também na TV Jornal. No último sábado, a emissora veiculou o especial #UmaPorUma, que apresentava o projeto, detalhava o site e aprofundava a discussão sobre o feminicídio. O programa alcançou 6.3 de audiência, o que representa uma média de 240 mil pessoas por minuto acompanhando a programação.

Além dos números de homicídios e feminicídios, o site traz várias reportagens que abordam diferentes aspectos da matança de mulheres em Pernambuco. Ao se debruçar sobre os casos de feminicídio, o projeto identifica que quase 90% dos autores dos crimes eram maridos, namorados ou ex-companheiros das vítimas. E 76,5% dos assassinatos aconteceram dentro de casa.

Debate

Ontem, um debate realizado na TV JC marcou o encerramento da série de reportagens publicada no Jornal do Commercio desde o último domingo. A conversa teve a participação da pesquisadora Marília Montenegro, professora de direito penal da Universidade Federal de Pernambuco e da Unicap, e das coordenadoras do projeto, as jornalistas Ciara Carvalho e Julliana de Melo. O debate foi mediado pela jornalista Ismaela Silva, que também é integrante do coletivo de 26 mulheres responsáveis pela apuração dos casos.

“É uma iniciativa fundamental em vários aspectos. Primeiro por dar visibilidade às questões que envolvem a morte de mulheres, que, na própria academia, podem passar despercebidas diante do número monstruoso de homicídios em geral de Pernambuco. Depois, por contar todas. Sejam as vítimas de qualquer classe social, cor, idade ou endereço do crime”, ressaltou a pesquisadora.

O site umaporuma.com.br será atualizado sempre ao final de cada mês. Os dados, levantados pelo grupo de jornalistas mulheres do SJCC são confrontados com as estatísticas oficiais repassadas, uma vez por mês, pela Secretaria de Defesa Social. Todas as vítimas têm sua história contada em perfis específicos. As etapas de cada caso, desde a investigação policial até o julgamento dos acusados, será acompanhada pelo projeto, que segue até o dia 31 de janeiro de 2019.

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