MULHERES: Apesar de ser maioria, na política elas são só 8,5%

24 de agosto, 2014

(Cenário MT, 24/08/2014) Apesar de serem 53% do contingente eleitoral do Pais, a mulher e seu papel na   política continuam, na maioria dos casos, servindo apenas de “enxerto” para preencher vagas nas coligações e fechar a cota de 30% de participação feminina, determinada pela Justiça Eleitoral.

Na média, computando os poderes municipais, estaduais e federais, e focando apenas o Poder Legislativo, a presença da mulher é de apenas 8,5%, na média.

As estatísticas de candidaturas divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) comprovam: em todos os cargos eletivos disponíveis, não há um caso sequer em que as candidaturas femininas alcancem pelo menos 31% dos registros.

Teté Bezerra, ex-deputada federal, deputada estadual e candidata a vice-governadora. Das candidaturas às eleições majoritárias (Governo e Senado), apenas uma mulher concorre. Trata-se da deputada estadual Teté Bezerra (PMDB), no cargo de vice-governadora na chapa do candidato Lúdio Cabral (PT).

“Ainda existe muito machismo em relação à participação feminina na política, mas as mulheres também podem se unir e lutar por ter esse espaço. Apesar das dificuldades, é possível se estabelecer em um bom projeto e lutar por ele”, afirmou Teté Bezerra.

Nas candidaturas proporcionais (deputada federal e deputada estadual), não é diferente. Do total de 113 pessoas que concorrem à Câmara Federal, apenas 30,77% são mulheres,uma realidade que se repete no caso das que almejam uma cadeira na Assembleia Legislativa: dos 336 candidatos, apenas 30,77%  são do sexo feminino.

Lueci Ramos, vereadora de quatro mandatos. Lueci Ramos (PSDB) é a única mulher na Câmara de Vereadores de Cuiabá e está no parlamento cuiabano há quatro mandatos, do total de 25 parlamentares. Para ela, em uma cultura machista, poucas mulheres são chamadas para realmente compor um projeto político.

_“Mulher só é chamada para preencher a cota, mais nada. E mesmo quando ela quer trabalhar, o partido não dá condições para que ela concorra de igual para igual com os homens”, afirmou a vereadora.

A professora Osvanira Francisca da Silva, conhecida como Professora Jô, que concorre pelo PV (partido Verde) a uma das vagas da Assembleia Legislativa, entende que a mulher tem sido, também, alheias ao processo e, na maioria das vezes, se conformam em ser apenas lideranças a apoiar homens na corrida por cargos eletivos.

Ela observa, com otimismo, entretanto, que, gradativamente, “estamos nos conscientizando sobre a necessidade de buscar o caminho, pois, historicamente, as mulheres têm atuação muito mais significativa quando parlamentares ou gestoras”

Histórico

Carlota Pereira Queiroz, a primeira congressista brasileira, em 1933. No dia 13 de março de 1934, uma voz feminina se fez ouvir, pela primeira vez, no Congresso Nacional. Ocupava a tribuna a primeira deputada brasileira: a médica paulistana Carlota Pereira de Queirós.

Mas a proporção é quase a mesma e a participação da mulher pouco mudou desde o início dos anos 1900. Atualmente, no Senado federal, há apenas 11 senadoras  no total de 81 senadores e, na Câmara Federal,  dos  513 deputados apenas 47 são do sexo feminino.

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