Em 10 anos taxa de assassinatos de mulheres negras cresce 22%, aponta estudo

06 de junho, 2017

O Atlas da Violência 2017, apresentado nessa segunda-feira (5) pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), revela uma triste realidade: o aumento de 22% da morte de mulheres negras, no período de 2005 a 2015. Nessa população, o índice de mortes chega a 5,2 mortes para cada 100 mil mulheres negras. Quando o estudo compara as mulheres não negras, no mesmo período, houve redução de 7,4%, com uma taxa de 3,1% mortes para cada 100 mil mulheres não negras.

(SPM, 06/06/2017 – acesse no site de origem)

“Essa é o resultado concreto de dois crimes vividos diariamente pelas mulheres brasileiras, o preconceito de gênero e raça. Precisamos atacar de frente esses dois problemas, promovendo o debate na sociedade, mudando o comportamento, enfrentamento o racismo”, comentou a secretária Especial de Políticas para as Mulheres, Fátima Pelaes.

A SPM está articulando com diversos parceiros da sociedade civil e governos estaduais e municipais, além de organismos internacionais, a construção de uma rede de trabalho para a promoção da igualdade entre mulheres e homens e para o enfrentamento a violência. A secretária Fátima Pelaes explica que um dos eixos de atuação da Rede Brasil Mulher é o enfrentamento à violência.

“Com certeza o combate ao racismo será um tema transversal em toda a discussão”, disse.

Redução

Apesar do estudo revelar que houve um aumento de 7,5% na taxa de homicídio de mulheres no Brasil, entre 2005 a 2015, observa-se que nos últimos 5 anos esse indicador tem diminuído 2,8%. Nós dois últimos anos, essa redução chegou a 5,3%.

“Essa diminuição é o resultado do trabalho da Rede Nacional de Enfrentamento à Violência que atua em todo o Brasil, conscientizando as mulheres de seus direitos, além de Leis como a Maria da Penha e a do Feminicídio”, conclui a secretária.

São Paulo foi o estado que apresentou a maior redução de mortes violentas de mulheres, chegando a 34,1% de queda. Já o Maranhão apresentou um acréscimo de 124,4%. Até o final de 2017 está prevista a inauguração da Casa da Mulher Brasileira nas duas capitais.

Assessoria de Comunicação Social

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