1 em cada 4 homens acha normal esperar sexo de funcionárias

14 de março, 2018

Pesquisa realizada pela ONG CARE, em oito países, traz dados assustadores sobre o comportamento masculino no ambiente de trabalho

(Blog da DB, 14/03/2018 – acesse no site de origem)

Onde se ganha o pão, não se come a carne. A máxima, que em outras palavras dá a dica de que ambiente de trabalho não é lugar para relacionamentos sexuais, definitivamente não é compreendida, nem seguida, por quase um quarto dos homens em oito países.

É o que revelou a pesquisa divulgada pela ONG Care, no Dia Internacional da Mulher (8/3). Segundo o levantamento, 23% dos homens, de um total de 9408 adultos ouvidos em oito países, diz que é aceitável o empregador pedir ou esperar sexo de suas funcionárias.

Outras estatísticas perturbadoras incluem o seguinte: no Equador, 21% dos jovens de 18 a 24 anos pensam que é bom beijar um colega em uma festa de escritório sem permissão, e, no Reino Unido, 35% dos 25 aos 34 anos, disseram que é aceitável beliscar o bumbum da colega de trabalho.

Nos Estados Unidos, 44% dos homens entre 18 e 34 anos não vêem nenhum problema em fazer piadas sexais no ambiente de trabalo. Na Índia, 52% dos homens que é aceitável fazer listinhas de colegas mais bonitas.

O assédio sexual no trabalho, pelo que se percebe, é uma epidemia global. “Se só agora ficamos sabendo como agem os produtores em Los Angeles, imagine o quão difícil é em algum lugar como Bangladesh no chão da fábrica”, declarou Michelle Nunn, presidente e CEO da CARE. Michelle foi categórica ao afirmar que “esperar por sexo com seu funcionário não é um requisito profissional, é abuso sexual”.

De acordo com a CEO da CARE, o assédio sexual no local de trabalho ainda não é ilegal em cerca de um terço dos países do mundo. É por isso que a ONG está solicitando à Organização Internacional do Trabalho (OIT) que crie novas regulamentações globais em torno da “liberdade contra a violência no local de trabalho”. No site da ONG há uma petição, que pode ser assinada, no sentido de presionar a OIT a promover essas mudanças.

A pesquisa também ouviu cidadãos da Austrália, Equador, Índia, África do Sul, Estados Unidos, Reino Unido e Vietnã, e faz parte do lançamento de uma campanha global contra violência no ambiente de trabalho chamada #ThisIsNotWorking.

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