47% das empresas brasileiras não têm mulheres em altos cargos

27 de março, 2014

(G1, 27/03/2014) As mulheres ainda são minoria nos cargos de liderança no Brasil, aponta o International Business Report 2014 (IBR), da consultoria Grant Thornton. Segundo o levantamento, 47% das empresas brasileiras não possuem mulheres em cargos de liderança, índice que está acima da média global, que é de 33%.
A pesquisa também mostrou que apenas 7% das empresas brasileiras têm planos para contratar ou promover mulheres nos próximos 12 meses, índice que representa metade da média global (14%).
Em 2012, apenas 26% das empresas em todo o mundo não tinham mulheres no comando; no ano seguinte, em 2013, a fatia aumentou para 33%. O estudo é feito com 12.500 empresas em 45 economias, sendo 300 companhias brasileiras.

A pesquisa também avaliou o nível de suporte que as empresas oferecem para o desenvolvimento profissional de suas funcionárias. Durante a licença maternidade, somente 9% das empresas brasileiras pagam salários por um período maior do que a lei recomenda e apenas 19% garantem acesso aos programas de educação continuada e desenvolvimento profissional. A média global para esses itens é, respectivamente, de 29% e 37%.

No Brasil, os conselhos de administração têm em média cinco integrantes, sendo apenas uma vaga ocupada pelo sexo feminino. Mas, 65% das empresas apoiariam cotas para aumentar o número de mulheres em companhias de capital aberto.
Para Madeleine Blankenstein, sócia da Grant Thornton Brasil, o país ainda precisa avançar no âmbito da discussão sobre a participação de mulheres em cargos de direção em empresas públicas e privadas. Segundo ela, a União Europeia é um bom exemplo a ser seguido. “O Parlamento europeu aprovou em novembro um projeto que estabelece meta para que as mulheres ocupem 40% dos cargos de conselho de administração em empresas de capital aberto.”

Globalmente, os setores de educação e serviços sociais têm mais mulheres em posição de liderança (51%), seguidos por hospitalidade (37%). Os segmentos de mineração (12%), agricultura e eletricidade (ambos 16%) são os que menos possuem mulheres liderando.

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