Brasil é 5º país com maior taxa de homicídio de mulheres. Confira repercussão dos números do Mapa da Violência 2015

09 de novembro, 2015

(Agência Patrícia Galvão, 09/11/2015) Entre 2003 e 2013, o número de mulheres mortas em condições violentas passou de 3.937 para 4.762, registrando um aumento de 21% na década. Somente em 2013, foram registradas 4.762 mortes de mulheres – o que representa 13 homicídios femininos por dia.

Os dados foram revelados hoje no lançamento do Mapa da Violência 2015: Homicídio de Mulheres no Brasil, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), com o apoio do escritório no Brasil da ONU Mulheres, da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.

>> Acesse o Mapa da Violência 2015: Homicídio de Mulheres no Brasil neste link

Com uma taxa de 4,8 assassinatos em 100 mil mulheres em 2013, o Brasil piorou no ranking dos países com maior índice de homicídios femininos: passou da sétima posição, em 2010, para a quinta, em 2013, em uma lista de 83 nações.

De acordo com o Mapa, somente El Salvador, Colômbia, Guatemala (três países latino-americanos) e a Federação Russa evidenciam taxas superiores às do Brasil – o que é um claro indicador de que os índices do País são excessivamente elevados.

O estudo revelou ainda que a conjugação de discriminações torna as mulheres negras mais expostas à violência fatal. O número de homicídios de brancas caiu de 1.747 vítimas, em 2003, para 1.576, em 2013. Isso representa uma queda de 9,8% no total de homicídios no período. Já os homicídios de negras aumentaram 54,2% no mesmo período, passando de 1.864 para 2.875 vítimas.

Confira a repercussão dos dados:

>> Mapa da Violência: mídia aborda assassinatos de mulheres nos estados, confira

>> As 250 cidades mais violentas do Brasil (Exame, 10/11/2015)

>> O Brasil, 5º lugar em matança, é muito hostil com as mulheres, por Patrícia Zaidan (M de Mulher, 10/11/2015)

>> Pequenos e médios municípios encabeçam lista de feminicídios, mostra estudo (Agência Brasil, 09/11/2015)

>> Mapa da Violência apresenta aumento de homicídios de mulheres (SPM-PR, 09/11/2015)

>> ‘Protagonismo da negra incomoda’, diz secretária sobre alta das mortes (O Estado de S. Paulo, 09/11/2015)

>> Dados da ONU indicam aumento de denúncias, diz professora (Terra, 09/11/2015)

>> A cada 4h, uma vítima de violência precisa de atendimento médico (Portal O Dia, 09/11/2015)

>> Morte de mulheres por homicídio cresce 21% em dez anos, diz estudo (Folha de S. Paulo, 09/11/2015)

>>  Morte de mulheres negras avança 54% em 10 anos (O Estado de S. Paulo, 09/11/2015)

>> Companheiro é responsável por um terço dos assassinatos (O Estado de S. Paulo, 09/11/2015)

>> “Violência contra mulher se naturalizou”, diz sociólogo (O Estado de S. Paulo, 09/11/2015)

>> Mapa da violência mostra que Brasil tem, em média, 13 mulheres assassinadas por dia (Bom Dia Brasil, 09/11/2015)

>> Homicídios de mulheres negras aumentam 54% em 10 anos, mostra estudo (Agência Brasil, 09/11/2015)

>> Mais mulheres são assassinadas por ano no Brasil do que na Síria (El País, 09/11/2015)

>> Morte de mulheres negras dispara com falta de amparo na periferia (El País, 09/11/2015)

>> 18 anos: a idade mais perigosa para mulheres no Brasil (BBC Brasil, 09/11/2015)

>> Lei Maria da Penha não freia casos de homicídios contra mulheres (O Globo, 09/11/2015)

>>  Homicídios de negras aumentam quase 20% e de brancas caem 12%, diz estudo (Uol Notícias, 09/11/2015)

 >> Entre 2003 e 2013, taxa de homicídios de mulheres aumenta 8,8%, diz estudo (Uol Notícias, 09/11/2015)

>> 50,3% das mortes de mulheres envolvem familiar ou parceiro (G1, 09/11/2015)

>> Acre é um dos estados com maior taxa de homicídios de negras (G1, 09/11/2015)

>> Treze mulheres são assassinadas por dia no Brasil; crescimento foi de 21% em uma década (R7, 09/11/2015)

>> Cresce o número de homicídios de mulheres negras e cai o de mulheres brancas (R7, 09/11/2015)

 

Veja também: No Dossiê Violência contra as Mulheres, especialistas analisam os desafios para coibir o feminicídio no Brasil – uma violência extrema que pode ser e deve evitada

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