Confira 12 coisas que mulheres não fazem por medo de sofrer violência

13 de setembro, 2014

(Tribuna da Bahia, 13/09/2014) Ofender, agredir, estuprar e até matar uma mulher apenas pela condição dela: ser mulher. O nome dado a esse conjunto de pequenas ou grandes violências se chama feminicídio e o Brasil, infelizmente, está em posição de destaque entre os países com maiores índices de violência e morte de mulheres.

Fomentando essas tristes estatísticas estão os altos níveis de tolerância de instituições, leis e da sociedade em geral que, não raro, acaba culpando a vítima como justificativa para a violência sofrida.

A maior prova disso é um recente levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para mensurar a tolerância social à violência contra as mulheres que apontou que uma parcela significativa (26%) dos entrevistados concordava com a afirmação “se as mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros”.

Parece inacreditável nos dias de hoje, não? Mas não é. E o preço de viver em um mundo no qual as mulheres são vítimas até mesmo de quem deveria protegê-las – na maioria dos casos o agressor/assassino é o parceiro ou algum familiar – é a cultura do medo e do silêncio.

Somos ensinadas a temer a evitar situações e lugares que possam gerar algum tipo de violência, e a calar e não reagir sempre que somos vítimas de agressões, sejam elas verbais ou físicas. Veja a seguir algumas experiências que as mulheres deixam de ter simplesmente porque têm medo de serem vítimas de violência:

Usar roupas curtas, justas, decotadas ou com transparências.

Sair para beber sozinha.

Responder a uma ofensa sexista na rua.

Sair para dançar sozinha.

Ficar sozinha na festa depois que as (os) amigas (os) vão embora.

Deixar o drinque sozinho na mesa para ir rapidinho ao banheiro.

Correr ou andar de bike à noite.

Conversar com estranhos.

Dirigir o carro com as janelas abertas.

Andar desacompanhada na rua à noite.

Pegar carona.

Viajar sozinha.

Acesse no site de origem: Confira 12 coisas que mulheres não fazem por medo de sofrer violência (Tribuna da Bahia, 13/09/2014)

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