O aborto legal no SUS da Argentina

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29 de setembro, 2022 Gênero e Número

Consulta gratuita em um dos maiores hospitais públicos de Buenos Aires, onde nasceu Maradona, demora menos de 10 minutos; moradora de São Paulo foi atendida em junho 

(Maria Martha Bruno/Gênero e Número) Em julho de 2022, a Gênero e Número acompanhou dois atendimentos no Hospital Evita, conversou com funcionários e pacientes do hospital. A viagem fez parte das filmagens para o documentário “Verde-Esperanza: Aborto Legal na América Latina”, que, além de Argentina, visitou Bogotá (Colômbia), Rio, São Paulo e Brasília para discutir direitos das mulheres para além de dogmas. As filmagens também deram origem ao vídeo abaixo, publicado no UOL no Dia International da Luta pela Descriminalização do Aborto.

“Se optar pela aspiração, você tem que marcar hora. Vamos te dar uma medicação antes para você tomar em casa e preparar o cólon do útero. No dia da aspiração, vamos usar um espéculo, como se fosse para fazer um papanicolau. Vamos colocar anestesia na vagina, no cólon do útero e no útero. Em seguida, inserimos uma cânula, como se fosse a ponta de uma caneta com uma seringa grande na ponta. Ela vai aspirar todo o conteúdo. O procedimento demora uns dez minutos e você estará acordada. Você vai sentir um pouco de cólica menstrual, que fica um pouco mais forte no final. Depois você fica em observação e antes de meio-dia volta para casa. Quando você voltar, tem que sair daqui com um bom método anticoncepcional. Você sabe qual você quer?”

Yamilla diz que quer um chip anticoncepcional, que libera progesterona regularmente na corrente sanguínea. Ela se encaminha para a porta e vai fazer os exames. Toda a consulta demorou sete minutos.

Na Argentina, a lei da interrupção voluntária da gravidez, aprovada em dezembro de 2020, autoriza mulheres e quaisquer pessoas gestantes a abortarem até a 14a semana de gestação. Elas não precisam explicar o motivo.

A partir deste prazo, se quiserem abortar, elas são autorizadas por outra lei: a interrupção legal da gravidez. Esta legislação vale para casos de estupro ou em que a vida e a saúde (mental e física) da gestante estejam em risco. Nenhuma das leis determina que as pacientes façam boletim de ocorrência ou necessitem de autorização judicial.

Acesse a matéria completa no site de origem.

 

 

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