Crescem no Rio casos de mulheres vítimas de cárcere privado por companheiros e ex-parceiros

21 de novembro, 2022 Extra Por Redação

Edna Alves Rodrigues, de 40 anos, viveu trancada com dois filhos por longos 17 anos em uma casa de quatro cômodos, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. No dia 29 de julho, os três foram libertados após denúncia. O local onde estavam foi descrito pela polícia como um ambiente escuro e muito sujo, com poucos móveis e um único eletrodoméstico: uma geladeira. Três meses depois, foi a vez de outra mulher, de 48 anos, e suas duas filhas. As três foram resgatadas de uma casa na cidade de Valença, no interior do estado, onde, há 22 anos, eram mantidas aprisionadas pelo chefe da família. São duas histórias impressionantes, mas menos incomuns do que pode parecer: de janeiro de 2017 a junho de 2022 foram registrados 3.158 casos de sequestro e cárcere privado no Estado do Rio, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Desses, 1.223 tiveram como autor pessoas com relacionamento direto com as vítimas, que, em 94% dos registros, eram mulheres.

O número de ocorrências em que o parceiro é o agressor foi 7% maior no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2021. De acordo com o levantamento, mulheres na faixa de 20 a 40 anos (61,89%) são a maioria das vítimas, mas há também 115 menores de idade, entre os quais 38 crianças de até 11 anos. A ocupação mais informada aos policiais foi “do lar”, seguida por “estudante”.

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