Mulheres negras são as que mais sofrem com a perda dentária, aponta estudo

Tomaz Silva – Agência Brasil racismo

Ato Contra o Genocídio da Juventude Negra, no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

22 de novembro, 2022 Uol Por José Tadeu Arantes, da Agência FAPESP

A perda dentária em mulheres negras é 19% maior do que em homens brancos. Se for considerado apenas o segmento feminino, as negras apresentam perda 26% maior do que as brancas. E, se for considerado apenas o segmento negro, autodefinido com base na cor da pele, as mulheres apresentam perda 14% maior do que os homens. Sob qualquer critério, as mulheres negras são as mais afetadas pela perda dentária.

Os dados, obtidos em um inquérito realizado no município de Campinas, foram publicados na revista PLOS ONE. E fazem parte da tese de doutorado de Lívia Helena Terra e Souza, intitulada “A boca travada no racismo: desigualdades raciais nas condições de saúde bucal”, que já foi contemplada com duas premiações: Menção Honrosa no Prêmio Capes de Tese (2022), conferida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e Prêmio de Reconhecimento Acadêmico em Direitos Humanos (2021), conferido pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pelo Instituto Vladimir Herzog (IVH).

“Entrevistadores treinados, usando um questionário pré-codificado, aplicado por meio de tablets, colheram os dados de 3.021 pessoas, com idade mínima de 10 anos. As perguntas foram: ‘Você já perdeu um dente [superior ou inferior]? Se sim, perdeu um, mais de um ou todos os dentes?’. Foram desconsiderados os dentes de leite, os sisos e os extraídos para colocação de aparelho”, conta Terra e Souza.

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