Me Too Brasil se mobiliza para tornar violência obstétrica crime

30 de janeiro, 2023 Metrópoles Por Gabriela Marçal

Organização Me Too Brasil trabalha pela aprovação de projeto de lei que torna crime a violência obstétrica e assim define penas específicas

Denúncias de agressões e abusos sexuais contra mulheres grávidas ou que acabaram de dar à luz são investigadas pela polícia, como ocorreu com o anestesista Giovanni Bezerra. No entanto, o Código Penal brasileiro não possui uma tipificação própria para o julgamento e definição de penas para acusados de violência obstétrica. Para mudar esse cenário, as equipes jurídicas e de políticas públicas da organização Me Too Brasil estão trabalhando para que um projeto de lei, que tramita no Senado, seja aprovado.

As mulheres que procuram a Me Too Brasil para relatar casos de violência obstétrica, geralmente, também afirmam que foram vítimas de violações sexuais.

“A conduta de violação sexual é combinada com uma violência obstétrica que acontece não só por ser mulher, mas também numa condição de ser parturiente, de estar em processo de parto. Como foi o caso do médico anestesista que estuprava as mulheres em condição total de vulnerabilidade em ocorrência da própria anestesia”, diz a advogada Marina Ganzarolli, presidente da Me Too Brasil.

Criminalização

A aprovação do texto que criminaliza a violência obstétrica é uma das prioridades da organização para 2023, que recentemente ganhou como aliado nessa empreitada o Instituto Survivor, iniciativa da advogada Izabella Borges e da atriz Duda Reis para promover saúde mental e independência financeira feminina.

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