Justiça por Marielle e Anderson: 5 anos é tempo demais

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Marcha das Mulheres_8M_mar20. Foto: Juliana Vieira

14 de março, 2023 Folha de S. Paulo Por Ligia Batista

Descoberta de mandante do crime dará espaço para melhores práticas políticas e jurídicas

Em 14 de março de 2023 o assassinato de Marielle Franco completará 5 anos. Marielle foi uma ativista e intelectual negra, bissexual, mãe, cria da favela da Maré, defensora dos direitos humanos, parlamentar eleita pelo PSOL à vereança da cidade do Rio em 2016, e que, ao longo de sua trajetória, lutou contra a violência policial e o genocídio da população negra. Em razão da sua história, Marielle é um símbolo de resistência e liderança que inspira mulheres negras por todo o mundo.

Porém, ainda temos que lutar por justiça. Nesta data, em 2018, época em que o Estado do Rio de Janeiro estava sob intervenção federal no governo Temer, Marielle estava a caminho de casa quando foi executada junto com seu motorista Anderson Gomes, no centro da cidade do Rio. Ela foi atingida por quatro projéteis na cabeça e Anderson levou três tiros nas costas. Ele também morreu, deixando um filho, que tinha então um ano e meio de idade.

Apesar de termos chegado ao marco de meia década desde o assassinato, e de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, acusados de serem os executores do crime, estarem privados de liberdade, o caso não tem nenhuma condenação, visto que o júri popular ainda não tem data para acontecer.

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