20/04/2013 – Manifestações crescem em Nova Déli após estupro de criança

20 de abril, 2013

Caso retoma memórias do brutal ataque coletivo a indiana, que sacudiu o país e o mundo em dezembro

(Reuters) Multidões furiosas protestaram neste sábado na capital da Índia depois de uma garota de cinco anos ter sido supostamente estuprada, torturada e mantida em cativeiro por 40 horas, revivendo as memórias do brutal ataque a uma indiana em dezembro, em um evento que sacudiu o país.

A polícia prendeu um homem acusado pelo ataque no estado de Bihar, no leste do país, e o levou para nova Délhi, onde será interrogado. Médicos disseram que a garota sofreu vários ferimentos e contusões, incluindo no pescoço e na genitália.

Os protestos começaram na sexta-feira e se intensificaram depois de um vídeo ter mostrado um policial agredindo uma manifestante, além de informações de que os investigadores ofereceram à família da vítima um valor de 2.000 rúpias, o equivalente a 37 dólares, para que ela não registrasse uma queixa.

Foi o segundo caso de suposto estupro em 48 horas a causar manifestações e a mobilização da polícia, depois de centenas de pessoas terem enfrentado os policiais na cidade de Aligarh, localizada a 135 quilômetros de Nova Délhi, na quinta-feira. Um policial foi filmado agredindo uma idosa com um cassetete.

A fúria popular sobre o último ataque na capital evocou as memórias ao estupro de uma estudante de fisioterapia de 23 anos em um ônibus em 16 de dezembro, em Nova Délhi, depois do qual milhares de manifestantes lotaram as ruas e enfrentaram a polícia.

A mulher morreu em um hospital de Cingapura.

O estupro coletivo provocou um debate nacional sobre a violência contra a mulher, colocando o assunto na agenda política na nação de 1,2 bilhão de pessoas, um ano antes das eleições.

No sábado, cerca de 1.000 pessoas se juntaram para manifestar do lado de fora da sede da polícia, em Nova Délhi, onde muitas pessoas tentaram derrubar barricadas de metal.

Acesse em pdf: Manifestações crescem em Nova Déli após estupro de criança (Reuters – 20/04/2013)

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