04/02/2014 – “É uma ousadia quando as mulheres se candidatam”, diz ministra Eleonora para dirigentes de partidos políticos

04 de fevereiro, 2014

(Portal SPM) Na primeira reunião do ano do Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos, ministra da SPM defende aumento da presença de candidatas
 
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Representantes de 17 dos 21 partidos que integram o Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos estiveram reunidas, na quinta-feira passada (30/01), em Brasília. “Se não mexer na estrutura dos partidos, mulheres no poder torna-se uma pauta genérica. Como teremos mais mulheres na política? É preciso intervir em favor da igualdade, do respeito, do preenchimento das cotas, do repasse de recursos e do tempo em TV. Acreditar em uma sociedade democrática é para que seja radicalmente democrática na divisão interna do poder nos partidos”, afirmou a ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR).
 
Como um dos eixos do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres 2013-2015 dedicado à participação e representação política das brasileiras – Fortalecimento e participação das mulheres nos espaços de mulher e decisão, com destaque à campanha permanente ‘Mais Mulher no Poder: Eu assumo esse compromisso’ – a ministra frisou a importância do Fórum. “Não se faz política sem as mulheres e sem a perspectiva de gênero. Tenho certeza de que a mudança nos partidos vem de vocês, que estão nos partidos. Por isso eu digo, é uma ousadia quando as mulheres se candidatam”, disse.
 
A ministra Eleonora reiterou o apoio da SPM à temática. “A SPM impulsiona e colabora para que a indução de mais mulheres seja realidade nos partidos. Mas para isso, é preciso que as mulheres estejam lá e se candidatam. É preciso que monitorem, participem e influenciem as decisões dos partidos. Os partidos estão dando mais espaço na TV para a presença de mulheres, mas isso precisa ser prática e não somente imagem”, apontou Menicucci.
 
Em sua saudação às dirigentes dos partidos, a ministra ressaltou que a presença e atuação das mulheres nas siglas partidárias. “Como esse grupo influindo, muda a lógica da sociedade”, apontou. 
 
Balanço SPM – Em breve panorama sobre as ações da SPM, Menicucci fez balanço do programa ‘Mulher, Viver sem Violência’, atualizando sobre a previsão de lançamento de pedras fundamentais da Casa da Mulher Brasileira, entrega de 34 dos 54 ônibus para mulheres do campo e da floresta e a operação da agência-barco Caixa Ilha de Marajó, que prossegue até 6 de fevereiro em nove municípios marajoaras. “Estamos conquistando acesso mais universal na área urbana, rural e nas águas. Realmente, estamos cumprindo com os nossos objetivos”, declarou a ministra.
 
Outro ponto abordado por Menicucci foi a recente criação da Política Nacional de Atenção às Mulheres em Situação de Privação de Liberdade e Egressas do Sistema Prisional (PNAMPE), cujo grupo de trabalho é coordenado pela SPM e pelo Ministério da Justiça. A medida está voltada à humanização, assistência jurídica gratuita, melhores condições de tratamento nas prisões e oportunidades de qualificação profissional de mulheres privadas de liberdade são algumas das recomendações para os estados.
 
Menicucci mencionou a instalação do Comitê Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, ocorrida na quarta-feira (29/01), em seguimento à Política e a Plano Nacional temáticos. Comentou o ingresso de empresas em apoio à campanha ‘Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – A Lei é mais forte’ e o incremento de mais empresas ao Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, ambos previstos para meados de março. E a articulação com o Fórum de Mulheres Empresas, salientando focos de ascensão a cargos de decisão e participação em conselhos empresariais.
 
Reconhecimento das mulheres – A ministra das Mulheres falou sobre o Prêmio Feministas Históricas, para valorizar a contribuição de mulheres com produção intelectual e social sobre os direitos das brasileiras, a realização do Prêmio Lélia Gonzalez, dedicado às organizações de mulheres negras, e o alcance das metas da chamada pública Meninas e Jovens Fazendo Ciência, que selecionou 300 projetos para incentivar o estudo de crianças e adolescentes sobre ciências exatas e tecnológicas. Ao final, Menicucci citou a redução de 50% da morte materna, nos últimos dez anos, como resultado das políticas pública de atenção às mulheres.

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