Antigas práticas cruéis ainda vitimam milhares em alguns países: especialmente mulheres

30 de abril, 2014

(Último Segundo, 30/04/2014) Lista inclui apedrejamento pela lei islâmica, caça às bruxas na Oceania e mutilação genital feminina na África e Oriente Médio

Acusada de bruxaria, Kepari Leniata, 20, foi torturada e queimada viva na Papua Nova Guiné, Oceania, em 2013. À época, a mídia local informou que parentes de uma criança morta acusavam a mulher de ter recorrido à magia negra para acabar com a vida do menino. Kepari era mãe de um bebê.

O crime foi cometido enquanto centenas de pessoas observavam. Os autores capturaram Kepari, arrancaram suas roupas, a amarraram e jogaram gasolina sobre seu corpo. De acordo com o veículo local Post Courier, policiais e bombeiros foram perseguidos pela multidão ao tentar impedir o crime.

Mas Papua Nova Guiné não é o único lugar do mundo que teme bruxas. Na Gâmbia, África Ocidental, os 1,7 milhão de habitantes levaram um susto em 2009 quando seu excêntrico governante, Al-Haji Yahya Jammeh, lançou campanha nacional de caça às bruxas. À época, homens do governo circulavam pelo interior do país pedindo aos aldeões pequenos sacrifícios para eliminar a bruxaria. Dezenas de moradores fugiram e ao menos seis foram mortos.

Apedrejamento: mesmo sem estar no Alcorão, pena é usada por alguns países muçulmanos para punir adultério e conspiração. Mulheres são enterradas até a altura do peito e homens, até a cintura, diz Artigo 102 do Código Penal do Irã. Fuga masculina é facilitada.

Caça às bruxas: em 2013, na Papua Nova Guiné, mulher foi torturada e queimada viva perante centenas de espectadores sob acusação de bruxaria.

Mutilação genital: até fevereiro de 2014, ao menos 125 milhões de mulheres podem ter sido mutiladas em 29 países na África e Oriente Médio, diz ONU.

Execução pública: somente até fevereiro deste ano, entre 80 e 95 foram executados no Irã, segundo a ONU. Após aumento da violência, o Irã passou a promover as mortes de criminosos em um parque central de Teerã.

Trabalho infantil: Unicef estima que cerca de 150 milhões de crianças de 5 a 14 anos são obrigadas a trabalhar nos países em desenvolvimento. Segundo a OIT, 7,4 milhões de crianças na mesma faixa etária estão envolvidas no trabalho doméstico.

Sacrifício infantil: em 2008, mais de 300 casos de mortes e desaparecimentos ligados a rituais foram denunciados à polícia de Uganda, África, diz ONG. Até 2009, vários pais e parentes foram detidos em Uganda acusados ​​de vender crianças para sacrifício humano.

Automutilação: cerca de 200 milhões de muçulmanos xiitas no mundo celebram a Ashura em memória da morte de Imã Hussein, neto do profeta Maomé. Automutilação: xiitas iraquianos de todas as idades ficam cobertos de sangue enquanto participam da Ashura.

Canibalismo tribal: os Kombai, na Nova Guiné, punem ‘bruxos’ – Khakhua-Kumu – com a morte e depois, comem seus restos mortais. O ritual é uma resposta à crença de que os Khakhua-Kumu ingerem as almas de suas vítimas.

Tortura animal: corridas de touros na Espanha reúnem milhares para tortura de animal até sua morte.

Sacrifício de animais: em aldeias como a Tana Toraja, Indonésia, acredita-se que, ao matar um animal, ele guiará a alma de um falecido ao paraíso.

Acesse no site de origem: Conheça práticas antigas cruéis ainda em vigor em alguns países (Último Segundo, 30/04/2014)

Nossas Pesquisas de Opinião

Nossas Pesquisas de opinião

Ver todas
Veja mais pesquisas