A hipocrisia sobre o aborto no Brasil e a morte de Neide Mota – por Margareth Arilha

02 de dezembro, 2009

A morte da ex-médica anestesiologista Neide Mota, acusada de realizar abortos em sua clínica em Campo Grande (MS), levou a Comissão de Cidadania e Reprodução (CCR) – organização que trabalha para a promoção dos direitos reprodutivos – a publicar em seu site artigo em que a diretora executiva Margareth Arilha critica a hipocrisia das autoridades e de alguns setores da sociedade ao lidar com o caso.

Sobre Neide Mota
“Afrontava o poder público, as autoridades locais, denunciava a hipocrisia de instituições e de personagens que, segundo ela mesma contava, não se furtavam a levar mulheres jovens para sua clínica e pagar por abortos que os livrariam de situações públicas vexatórias, e/ou de compromissos éticos, morais e financeiros futuros. No mundo público a crítica ao direito de decidir. No mundo privado, o pagamento em cash.”

Perguntas sem resposta
A diretora da CCR questiona a forma como imprensa, parlamentares, polícia, associações médicas e o poder Judiciário agiram para criminalizar a médica, pacientes e funcionários da clínica:

A invasão de sua clínica suscitou perguntas que até o momento não estão totalmente respondidas: por que a visita sorrateira da Rede Globo àquela clínica naquele momento? Como foi possível tanta rapidez entre o programa televisivo e a demanda de ação por parte do deputado Bassuma em acionar o Ministério Público para denunciá-la?”

Margareth Arilha aponta também a omissão e a “displicência”: dos conselhos de medicina, que se calaram diante do desrespeito à confidencialidade dos prontuários médicos recolhidos pela polícia, e do poder Judiciário, que permitiu livre acesso e até o desaparecimento de fichas.

Acesse aqui esse artigo na íntegra.

Saiba mais sobre o caso.

 

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