Cientistas pedem intensificação das pesquisas sobre zika e microcefalia

03 de março, 2016

(Rádio ONU, 03/03/2016) Após dois dias de reuniões na sede da Opas, especialistas concluem que ainda há muito o que aprender sobre o vírus, apesar de alguns progressos terem sido feitos; Friocuz pede solidariedade internacional.

Especialistas defendem a intensificação, com rapidez, de pesquisas para explorar fatores ainda desconhecidos sobre microcefalia e malformações congênitas que possam estar relacionados ao zika vírus.

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Essa foi a conclusão dos pesquisadores internacionais reunidos durante dois dias na sede da Organização Panamericana da Saúde, Opas, na capital americana, Washington.

Brasil

Segundo o diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da Opas, “ainda há muito para se aprender sobre o zika vírus”. Marcos Espinal explicou que entre as prioridades das pesquisas estão exames de laboratório e mapear novos meios de controle do mosquito vetor.

Participou do encontro o médico da Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz, Paulo Buss. Ele declarou que “o Brasil está no centro da epidemia e o sistema de vigilância permitiu identificar e avisar com rapidez a Opas sobre o aumento nos casos de zika e fazer a ponte com o aumento dos casos de microcefalia”.

Situação Única

O especialista da Fiocruz destacou que a solidariedade internacional é importante e defendeu união de ações entre universidades e agências doadoras, para que haja coordenação de recursos para as pesquisas sobre zika.

O representante do Centro para Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos afirmou que a “situação é única, nunca vista antes”. Segundo Lyle Petersen, o zika é o “primeiro vírus que aparenta causar infeção em fetos, ser transmitido sexualmente e que agora já é uma epidemia”.

Grávidas

O especialista americano falou que milhares de infecções por zika ocorrem diariamente e a região das Américas deve estar preparada. Programas para controlar o mosquito devem ter como alvo as grávidas, para evitar a picada.

A Opas informa que 31 países do continente americano notificaram pacientes com zika, enquanto Brasil e Polinésia Francesa registraram aumento nos casos de microcefalia. Já a síndrome de Guillain-Barré foi reportada em oito nações das Américas.

Controlar o Aedes aegypti continua sendo a principal maneira de combater zika, dengue e chikungunya, de acordo com a Opas.

Leda Letra

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