06/05/2011 – “Chorei muito”, diz Marta após Supremo reconhecer união estável de homossexuais

06 de maio, 2011

(Folha.com) A senadora Marta Suplicy (PT-SP) apresentou, em 1995, quando era deputada federal, um projeto de lei na Câmara dos Deputados para promover a união civil de pessoas do mesmo sexo. A iniciativa caducou, e na quinta-feira ministros do Supremo criticaram o Congresso por não ter viabilizado leis para contemplar a situação dos casais homossexuais. “Acho que agora os deputados e senadores vão ter mais respaldo, vamos conseguir evoluir. A decisão do STF foi muito forte”, disse a senadora. “É muita gente em uma luta muito antiga, que teve ontem o seu dia mais importante na história brasileira.”

Para Marta Suplicy, o Congresso se divide em três categorias na discussão de direitos dos homossexuais: “Há quem seja abertamente a favor, quem seja abertamente contra e há um terceiro grupo, bem grande, de parlamentares que são a favor e não se pronunciam por medo de perder votos. O Supremo agora dá amparo a esses e eles vão desequilibrar a balança que havia até agora”.

Já existe na Câmara dos Deputados um Projeto de Emenda à Constituição (PEC), de autoria do primeiro deputado federal abertamente gay do Brasil, Jean Wyllys (PSOL-RJ), em favor do casamento civil de pessoas de mesmo sexo.

Leia na íntegra: “Chorei muito”, diz Marta após Supremo reconhecer união estável gay (Folha.com – 06/05/2011)

Veja também:
“A senadora Marta Suplicy (PT-SP) vai dar o primeiro passo na tentativa de conciliar a reivindicação dos religiosos de descaracterizar opinião e doutrinação contra o homossexualismo como crime homofóbico. (…) A iniciativa abre o debate no Congresso sobre o aspecto mais polêmico da questão da qual os parlamentares fugiram por conveniência eleitoral durante mais de uma década. (…) É um aspecto importante porque transita na fronteira tênue entre opinião e ofensa, direito religioso e civil e impõe extrema capacidade de articulação e conciliação política.” – Entre a ofensa e a opinião, por João Bosco Rabello (O Estado de S. Paulo – 08/05/2011)

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