Comissão de Direitos Humanos da Câmara manifesta solidariedade a Ela Wiecko

31 de agosto, 2016

A Comissão de Diretos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados emitiu uma nota em apoio a vice-procuradora da República, Ela Wiecko, que pediu exoneração do segundo maior cargo da Procuradoria Geral da República após afirmar que o impeachment contra presidente eleita Dilma Rousseff “do ponto de vista político, é um golpe, é um golpe bem feito, dentro daquelas regras”, e que o vice-presidente em exercício Michel Temer está sendo alvo de delações premiadas no âmbito da Operação Lava Jato.

(Brasil 247, 31/08/2016 – acesse no site de origem)

“Pelas coisas que a gente sabe do Temer, não me agrada ter o Temer como presidente. Não me agrada mesmo. Ele não está sendo delatado? Eu sei que está. Eu não sei todas as coisas a respeito das delações, mas eu sei que tem delação contra ele. Então, não quero. Mas as coisas estão indo”, afirmou Wiecko.

Na nota, o presidente da CDHM da Câmara, deputado Padre João, destaca que Ela Wiecko “é uma referência em lutas essenciais à nossa democracia: contra o trabalho escravo, pelos direitos dos povos indígenas e quilombolas, pela igualdade racial e de gêneros, pela ética na política”.

Texto destaca, ainda, que respeita a posição adotada por ela, mas ressataa “a lacuna que se abre na instituição neste momento delicado da vida nacional, com tantos riscos à democracia e aos direitos humanos”.

Confira a íntegra da nota da CDHM.

NOTA PÚBLICA EM SOLIDARIEDADE A ELA WIECKO

Ela Wiecko é uma das maiores autoridades do país na área dos direitos humanos. Sua trajetória, dentro e fora do Ministério Público Federal, é exemplar e digna de gratidão e reconhecimento.Presidente da CDHM manifesta solidariedade a Ela Wiecko

Colaboradora de anos e anos desta Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Ela Wiecko é uma referência em lutas essenciais à nossa democracia: contra o trabalho escravo, pelos direitos dos povos indígenas e quilombolas, pela igualdade racial e de gêneros, pela ética na política. Uma pessoa cuja sensibilidade social e compromisso com a Justiça são indissociáveis de sua atividade profissional e posicionamento cidadão.
Respeitamos sua decisão de renunciar ao cargo de Vice-Procuradora Geral da República, registrando no entanto a lacuna que se abre na instituição neste momento delicado da vida nacional, com tantos riscos à democracia e aos direitos humanos. Sabemos que poderemos continuar contando, como sempre contamos, com sua atuação funcional destemida e consequente na defesa dos direitos fundamentais do povo brasileiro.
DEPUTADO PADRE JOÃO
PRESIDENTE DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

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