06/07/2011 – Strauss-Kahn é denunciado na França (Estadão)

06 de julho, 2011

(O Estado de S. Paulo) A jornalista e escritora Tristane Banon denunciou o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn por tentativa de estupro em 2003. Tristane também envolveu no escândalo o então secretário-geral do Partido Socialista (PS) francês, François Hollande, um dos mais bem cotados nomes para concorrer à Presidência da França pelo Partido Socialista (PS).

Em entrevista para a revista francesa “L’Express”, a jornalista afirmau que Hollande sabia do ataque e conversou com a mãe de Tristane, a dirigente do PS Anne Mansouret, que a teria aconselhado a não fazer a denúncia.

A Promotoria de Paris irá decidir se leva o processo adiante. A denúncia foi feita no mesmo dia em que o jornal New York Post afirmou que promotores americanos vão retirar as acusações de agressão sexual contra Strauss-Kahn por causa das dúvidas levantadas sobre a credibilidade da vítima, a camareira Nafissatou Diallo.

Nafissatou, imigrante da Guiné de 32 anos, processou o New York Post e cinco jornalistas por afirmar que ela “troca sexo com hóspedes por dinheiro”. “Se ela (Nafissatou) mentiu no testemunho, não significa que não tenha sido atacada”, afirmou Tristane.


Camareira do caso FMI processa jornal que a chamou de prostituta (G1 – 05/07/2011)   

Em artigo publicado no Estadão, Joe Nocera, do NYT, defende o promotor que indiciou Strauss-Kahn e que está sendo apontado por muitos franceses de ter cometido “injustiça no procedimento”. Abaixo, trechos do artigo:  

“Vimos Dominique Strauss-Kahn humilhado, algemado, arrastado para a sarjeta”, afirmou o escritor Bernard-Henri Levy – tudo isso porque Cyrus Vance, o procurador-geral do Distrito de Manhattan, preferiu acreditar “numa camareira de hotel”.”

“Levy, membro da elite francesa, parece particularmente enraivecido pelo fato de Vance não ter feito automaticamente uma exceção com Strauss-Kahn, considerando sua extraordinária posição social. Mas é exatamente por isso que Vance deve ser aplaudido. Uma mulher sem nenhum poder fez uma acusação convincente contra um homem dotado de enorme poder.”

“A questão é: Os EUA são um país que professa a igualdade de tratamento de todos diante da lei. Muitas vezes, não é bem isso o que acontece. A julgar por seus recentes escritos, Levy prefere viver em um país onde as elites raramente são chamadas a encarar as suas responsabilidades, onde os crimes contra as mulheres costumam ser perdoados com uma piscadela e onde as pessoas sem dinheiro ou posição social são tratadas como nulidades, de acordo com o que a classe dos franceses endinheirados julga que elas são.”

Leia artigo na íntegra: Promotor de Nova York fez o que devia ter feito, por Joe Nocera (O Estado de S. Paulo – 06/07/2011)

(Folha.com) Os promotores do Tribunal Penal de Nova York poderão retirar as acusações de crimes sexuais contra o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, na próxima audiência do caso, afirma o jornal “The New York Post”.

Strauss-Kahn foi libertado na sexta-feira (1º) de sua prisão domiciliar depois de uma reviravolta no caso, com a revelação de suspeitas sobre a credibilidade da vítima, uma camareira de 32 anos do Hotel Sofitel, de NY. As acusações, contudo, foram mantidas e ele não deve deixar o país até o fim do julgamento.

A camareira alega ter entrado no quarto achando que não havia ninguém e que Strauss-Kahn saiu do banheiro nu, em sua direção. Ele a teria agarrado e tentado colocar seu pênis na boca da camareira por duas vezes, além de impedir que ela deixasse o local. Em carta enviada à Justiça de Nova York, os promotores do caso disseram que a camareira admitiu ter mentido sobre importantes detalhes da sua acusação contra o francês. De acordo com a nova versão, após o incidente ela teria continuado seu trabalho antes de avisar a gerência do hotel sobre a agressão sexual.

Um dia antes, o jornal “The New York Times” publicou suspeitas ainda mais graves de que a camareira teria relação com traficantes de drogas e teria recebido US$ 100 mil nos últimos dois anos –em suposta evidência de que ela teria sido paga para inventar a acusação.

Leia a notícia completa: EUA vão retirar acusação contra Strauss-Kahn, diz jornal (Folha.com – 05/07/2011)    



Nossas Pesquisas de Opinião

Nossas Pesquisas de opinião

Ver todas
Veja mais pesquisas