Nota de Repúdio às manifestações contrárias ao Curso “Introdução à filosofia feminista” ministrado por Ivone Gebara

16 de fevereiro, 2017

NOTA DE REPÚDIO ÀS MANIFESTAÇÕES CONTRÁRIAS AO CURSO

“INTRODUÇÃO À FILOSOFIA FEMINISTA” MINISTRADO POR IVONE GEBARA

(SOS Corpo, 16/02/2017 – acesse no site de origem)

O SOS Corpo Instituto Feminista para a Democracia, organização da sociedade civil feminista, anticapitalista, antirracista, antipatriarcal e laica, que luta por democracia e transformação social, fortalecendo as mulheres como sujeito político, apoia a iniciativa do curso de extensão “Introdução à Filosofia Feminista” ministrado pela Dra. Ivone Gebara na FAFIRE – Faculdade Frassinette do Recife, no próximo mês de março.

Ivone Gebara é companheira de longas datas e lutas, doutora em Filosofia e Ciências Religiosas, sempre foi defensora intransigente das mulheres e de nosso direito a uma vida com autonomia e liberdade. Por seu compromisso com a justiça e a igualdade Ivone é, para nós feministas, um exemplo de rara resistência por “outro mundo possível” para todas as pessoas, em especial, para nós mulheres.

Por isso, nesse contexto em que a vida perece e é tomada por forças ultraconservadoras que a tudo mercantiliza, explora, esgota e controla, nos manifestamos contra todas as reações machistas e fundamentalistas a essa iniciativa protagonizada pela Ivone Gebara. O Feminismo não é só expressão da força política das mulheres através da história, é uma escolha individual e uma teoria política, fenômenos que devem ser preocupação acadêmica de qualquer instituição comprometida com a educação. Nesse sentido, esses são conteúdos a serem socializados como objeto de estudo em razão do direito à educação e à cultura a que todas as pessoas são sujeitos … porque as Ciências não podem mais considerar apenas a história dos dominadores…

Assim, REPUDIAMOS veementemente toda forma de obscurantismo e de atentado ao livre debate de ideias e manifestação! Barrar iniciativas como esta é fazer concessões às forças que seguem oprimindo e excluindo a nós mulheres, é tentar conter o próprio curso da história que silenciou sobre a nossa contribuição, justamente agora em que, uma vez mais, somos parte dos sujeitos da resistência… ainda que, de novo, a História resista a registrar.

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