Governo recebe 10 mil kits de teste rápido do zika vírus para distribuir em Rondônia

18 de maio, 2017

Com 11 casos de zika vírus já confirmados e 300 suspeitos, a partir da próxima semana, Rondônia começará a aplicar testes rápidos de detecção da doença, para combater com mais eficácia o vírus e os focos do mosquito transmissor, segundo informou o secretário de Saúde do Estado, Williames Pimentel. O Governo recebeu 10 mil kits do teste e, de acordo com Pimentel, as secretarias municipais de saúde de Porto Velho, Vilhena, Cacoal, Ji-Paraná e Ariquemes serão as primeiras a receber o kit.

(G1 RO, 18/05/2017 – Acesse o site de origem)

“Os kits serão encaminhados na próxima semana para os municípios que têm condição de aplicar o teste rápido”, explica Williames Pimentel. Segundo ele, a aplicação do teste rápido exige que o centro de saúde tenha uma estrutura mínima de laboratório e de profissionais capacitados para confirmar, em uma primeira fase, o zika vírus. “Posteriormente, essa mostra tem que ser enviada para o Laboratório Central (Lacen), em Porto Velho, para que o diagnóstico seja reconfirmado”, salientou.

Kits serão distribuídos a partir da próxima semana em Rondônia (Foto: Hosana Morais/G1)
Kits serão distribuídos a partir da próxima semana em Rondônia (Foto: Hosana Morais/G1)

Para que mais municípios ofereçam o teste rápido aos pacientes, Pimentel diz que está conversando com os secretários municipais de Saúde para que disponibilizem das condições exigidas para também receberem o kit.

O Diretor do Lacen, Luiz Tagliani, explica que, para receber os kits de teste rápido, o posto de saúde deve dispor de uma centrífuga e de um computador com sistema de internet. “Basicamente é isso”.

Segundo Tagliani, o teste rápido leva em torno de 20 a 30 minutos para ficar pronto. “O atendente lança no computador, se é positivo ou negativo e, em seguida, o teste é encaminhado ao Lacen. O resultado confirmatório sai em 10 a 15 dias, mas o médico já vai ter o resultado do exame para poder tomar as devidas providências”, avalia Luiz Tagliani.

Teste rápido permitirá diagnóstigo da doença em até 30 minutos, segundo secretário de saúde Williames Pimentel (Foto: Hosana Moraes/G1)Teste rápido permitirá diagnóstigo da doença em até 30 minutos, segundo secretário de saúde Williames Pimentel (Foto: Hosana Moraes/G1)

Como funciona o teste

O secretário estadual de Saúde, Williames Pimentel, explica que o paciente que estiver com sintoma de zika vírus será avaliado clinicamente por um médico. Posteriormente, os casos que precisam ser confirmado o diagnóstico terão o teste rápido aplicado. Ao ser confirmado, a amostra será encaminhada para o Laboratório Central, em Porto Velho, para reconfirmar a positividade do zika vírus.

“Não são todos os pacientes que serão avaliados pelo teste rápido. São as pessoas mais vulneráveis, como idosos, mulheres grávidas e crianças com alguma fragilidade”, salienta Pimentel.

Número de casos

Apesar da campanha, a diretora da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), Arlete Baldez, diz que o estado está entrando em um período de estiagem e, segundo ela, já é esperado uma redução no número de casos da doença, “como acontece no Brasil inteiro”.

De acordo com Arlete Baldez, até o momento Rondônia registrou 11 casos confirmados de zika. “Dos casos notificados, o Lacen examinou quase 300 amostras”.

Outra doença que também preocupa, a Chikungunya, tem quase 45 casos positios em Rondônia e quase 500 amostras foram analisadas pelo Lacen. “Nos casos de dengue, tivemos mais de seis mil amostras examinadas, dessas, em torno de 600 casos foram confirmados”, aponta.

Em relação aos casos de microcefalia, Arlete Baldez afirma que a Agevisa está acompanhando 66 gestantes. Segundo ela, a maioria teve seus bebês e agora é investigado se houve infecção pelo zika vírus. “Desses 66 casos, já temos 10 fechados como de microcefalia decorrente de uma infecção congênita. Desses, 3 foram confirmados como infecção por zika vírus. Outros casos estão sendo investigados, então esse número pode aumentar”, salientou a diretora da Agevisa.

Ela explica ainda que, com os testes rápidos, a possibilidade de detecção precoce será maior. “Assim poderemos dar uma assistência mais qualificada a essas mães e seus bebês”, acrescentou.

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