RJ vota proibição ao ensino de ideologia de gênero nesta quinta-feira

24 de maio, 2018

Projeto está na pauta da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) em primeira discussão. Outra proposta na Casa cria programa para ‘conscientização de que bater em mulher é crime’.

(G1/RJ, 24/05/2018 – acesse no site de origem)

Um projeto que proíbe a ideologia de gênero em escolas do Estado do Rio está em pauta em primeira discussão nesta quinta-feira (24) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

“Fica também coibida a utilização de qualquer meio pedagógico que possa conduzir a concepções ideológicas condizentes a gêneros e orientação sexual”, diz o projeto. 

O projeto foi apresentado por Milton Rangel (DEM), atualmente sem mandato. Ele foi suplente de Christino Áureo, enquanto este estava na secretaria de Governo de Luiz Fernando Pezão (MDB).

Os co-autores são Samuel Malafaia (DEM), Dr Deodalto (DEM), Flavio Bolsonaro (PSL), Filipe Soares (DEM), Carlos Macedo (PRB), Tia Ju (PRB) e Edson Albertassi (MDB). O último também está afastado do mandato porque foi preso na Operação Cadeia Velha.

“A educação tem que prezar pelo princípio da neutralidade política e ideológica, diante de crianças e adolescentes em fase de formação e informação intelectual”, diz o texto do projeto.

‘Conscientização de que bater em mulher é crime’

Outro projeto na pauta da Alerj nesta quinta prevê um programa socioeducativo de prevenção e conscientização de homens agressores.

A proposta fala em difundir campanha com orientações básicas “no tocante a agredir, injuriar, caluniar, difamar, manter relação sexual com mulher sem o consentimento da mesma, destruir seus documentos e mantê-la em cárcere privado, no âmbito familiar à margem da lei”.

O projeto é assinado por Filipe Soares (DEM). Ele pede que sejam espalhados cartazes com informações de grupos terapêuticos para o “homem portador do distúrbio agressor”.

A Delegacia Especial de Atendimento a Mulher, a PM e o Corpo de Bombeiros deveriam trabalhar em conjunto para a efetivação do programa.

“A DEAM – Delegacia Especial de Atendimento à Mulher atende mulheres vítimas de violência doméstica, podendo perceber que durante todos esses anos de bons serviços, nunca se configurou uma política pública de prevenção e ajuda a homens agressores, somente trabalhos pontuais e isolados de ONGs”, defende o autor.

Soares argumenta que o agressor só é tratado depois de ser julgado ou receber alguma punição. Ele aposta que o programa reduziria o número de casos de violência doméstica. 

“Este homem, na maioria das vezes, é criado dentro de uma cultura de que ‘bater em mulher é normal’, pois esta foi sua realidade durante toda a vida”, conclui.

Por Gabriel Barreira, G1 Rio

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