Minas: 90% das vítimas de feminicídio não possuíam medida protetiva

20 de agosto, 2021

Pesquisa foi feita entre 2019 e 2021. Doze mulheres foram mortas por mês neste período

(Estado de Minas | 20/08/2021 | Por Redação)

Quase 90% das vítimas de feminicídio em Minas, entre janeiro de 2019 e junho de 2021, não tinham requerido medida protetiva de urgência. A informação consta no Diagnóstico de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulherm, apresentado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nesta sexta-feira (20/8).

Ainda de acordo com o estudo, entre 2017 e 2021, uma média de 12 mulheres foi morta por mês no estado.

Segundo a coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (CAOVD) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), promotora de Justiça Patrícia Habkouk, a informação de que quase 90% das vítimas não tinham requerido proteção do Estado foi apurada pela primeira vez na pesquisa, realizada desde 2013.

A última edição da pesquisa “Visível e invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com o instituto de pesquisas Datafolha, ajuda a esclarecer a questão.

De acordo com o estudo, 32,8% das entrevistadas disseram ter resolvido sozinhas a situação; 16,8% julgaram que o caso não era importante a ponto de acionar a polícia; 15,3% não quiseram envolver a polícia; 13,4% tiveram medo de represálias por parte do autor da violência; 12,6% não tinham provas para acionar a polícia; 5,6% afirmaram não crer nas instituições policiais; e 2,7% tiveram seu deslocamento dificultado pela pandemia.

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