Feminicídio é fruto da sociedade patriarcal, afirma magistrada do Juizado de Violência Doméstica

17 de janeiro, 2021

Juíza analisa que pandemia pode ter gerado subnotificação de crimes, uma vez que as vítimas estão em isolamento social e sob vigilância constante dos agressores. Pensar em estratégias além dos contextos de gênero é essencial para combater diferentes formas de opressão

(Correio Braziliense | 17/01/2021 | Por Sarah Peres)

Em 2020, diminuíram em 46% os casos de feminicídios no Distrito Federal, em relação ao ano anterior — de 31 para 17 vítimas, conforme levantamento da Secretaria de Segurança Pública. Os dados também apontam para a queda na tentativa de assassinatos de mulheres motivados por gênero: 32,6% — de 89 para 60 vítimas. Apesar disso, a juíza Rejane Jungbluth Suxberger, do Juizado de Violência Doméstica e Familiar de São Sebastião, destaca, em entrevista ao Correio, a necessidade de se pensar políticas públicas voltadas para evitar que as mulheres sejam expostas à violência.

A magistrada, que é máster e doutoranda em gênero e igualdade pela Universidade Pablo de Olavide, da Espanha, também sinaliza que pode haver subnotificação nas denúncias de violência doméstica em razão da pandemia e do convívio ininterrupto entre vítima e agressor. Na capital federal, no ano passado, 15.995 mulheres procuraram a polícia para denunciar autores de violência doméstica. Em 2019, foram 16.861 ocorrências (5,14% a menos).

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