Argentina se mobiliza pela primeira vez contra assassinatos machistas

03 de junho, 2015

(El País, 03/06/2015) Manifestação sem precedentes é ponto alto em processo que une políticos e celebridades

Tudo começou com um assassinato terrível. “Mais um, mas foi a gota que fez o copo transbordar”, explica Fabiana Túñez, fundadora da Casa Encontro, uma ONG. O namorado de Chiara Arroyo, de 14 anos, grávida, a matou e enterrou no jardim com a ajuda de seus pais. Ele tem 16 anos. Foi em 11 de abril. Aí começou um movimento,#niunamenos (nenhuma a menos) que conseguiu envolver toda a sociedade argentina, políticos, celebridades, jornalistas, e que teve um ponto alto nesta quarta-feira com uma manifestação inédita em várias cidades do país para reivindicar mais medidas contra a violência machista, que mata uma mulher a cada 30 horas na Argentina.

(…) A Argentina vive um momento de efervescência política e de grande divisão, em plena campanha eleitoral para as presidenciais de outubro. No entanto, a mobilização do #niunamenos nas redes sociais foi de tal envergadura que todos os candidatos se uniram às reivindicações desse grupo.

(…) As reivindicações são muito claras. Na Argentina já existe uma lei, que as organizações consideram adequada, contra a violência machista. Mas não é aplicada. Não foi adiante nem recebeu dotação orçamentária. E essa é uma das reclamações principais. Outra é a formação dos policiais, promotores e juízes que atendem esses casos. Outra exigência é a de estatísticas oficiais. “Mas o mais importante é conseguir uma mudança cultural, trabalhar nas escolas”, afirma Funes.

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