15/05/2011 – Para a demógrafa Elza Berquó, o abandono de crianças no Brasil tem um nome: desespero

15 de maio, 2011

(O Estado de S. Paulo) A jornalista Mônica Manir, editora do suplemento Aliás, entrevistou a demógrafa Elza Berquó sobre o recorrente abandono de crianças no país. Para a professora aposentada da Faculdade de Saúde Pública da USP, fundadora do Núcleo de Estudos de População (Nepo), na Unicamp, e uma das idealizadoras do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), a falta de escolaridade, de informação, de acesso aos métodos contraceptivos, de apoio e de humanidade são os motivos que levam a mãe a abandonar um filho. Abaixo, trechos da entrevista:

Uma constelação de fatores
“Certamente são pessoas mais desfavorecidas socialmente, mas não é só a questão financeira. É uma constelação de fatores. Considero este um momento de total desespero, de não saber o que fazer. É com grande sofrimento que as mulheres praticam esse abandono.”

Metódos Contraceptivos 
“Há uma parcela da população que tem conhecimento e não tem acesso. E há uma que não tem nem conhecimento nem acesso e, portanto, decidir é muito difícil. Pilula e camisinha não estão disponíveis em todo o territorial nacional no serviço de saúde. É preciso comprá-las na farmácia, e muitas pessoas não têm poder aquisitivo para isso.”


Leia a entrevista na íntegra:
Enjeitados em série, entrevista com Elza Berquó (O Estado de S. Paulo – 15/05/2011)

Nossas Pesquisas de Opinião

Nossas Pesquisas de opinião

Ver todas
Veja mais pesquisas