19/09/2010 – Brasil poderá adotar políticas para divisão das tarefas domésticas (Estadão)

19 de setembro, 2010

(O Estado de S. Paulo) Os homens nordestinos são os campeões, no Brasil, no menor número de horas semanais gastas em afazeres domésticos -9,7% versus 22,3% das mulheres-, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quase três décadas depois de sua elaboração, em 1981, o Brasil deve ratificar a Convenção 156, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), para estimular a sociedade a repensar o papel de homens e mulheres nas famílias brasileiras.

Segundo Eunice Lea, coordenadora da área do Trabalho na Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), governo e trabalhadores já se posicionaram a favor da medida, e o pedido de ratificação foi encaminhado para aprovação do Congresso Nacional. 

“Hoje 30% das famílias são providas pelas mulheres. A sobrecarga de funções como trabalhadora, mãe e cuidadora de idosos tem um preço alto, inclusive, com o surgimento de doenças. Ainda, a responsabilidade exclusiva pelos afazeres domésticos restringe tanto a sua entrada quanto o seu crescimento na atividade econômica, e dificulta o acesso a posições de liderança nas esferas privada e pública. Como decorrência, não por acaso, uma parcela de 44,2% atua na informalidade, em função dos horários mais flexíveis”, diz a coordenadora Eunice Lea.

Com a aprovação da medida, o Estado brasileiro deverá cumprir a sua parte com a implementação de políticas públicas, como licença maternidade compartilhada e acesso das crianças a creches e escolas em tempo integral. Ao mesmo tempo, setores da sociedade, como as empresas, terão de se readequar e rever jornadas de trabalho de homens e mulheres, para que possam compartilhar obrigações.

Leia a matéria na íntegraDonos de casa (O Estado de S. Paulo – 19/09/2010)

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