23/11/2011 – A polêmica sobre o aumento de cesáreas opõe a perspectiva da saúde pública à visão individual das mães

23 de novembro, 2011

(Folha de S.Paulo) “Se a mulher não é devota da falácia naturalista e, por não querer sentir dor ou qualquer outra razão subjetiva, escolhe fazer a cesárea, não há razão médica ou moral para repreendê-la por isso”, escreve o jornalista Hélio Schwartsman, em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo. “Do ponto de vista da mãe, não é absurdo optar pelo procedimento cirúrgico mesmo quando não há uma indicação clínica. Embora os riscos sejam comparativamente maiores, eles são baixos o suficiente para ser relevados”, prossegue o colunista. Leia mais: 

“A polêmica em torno do excesso de cesarianas, que já respondem por 52% dos partos realizados no Brasil, opõe a perspectiva da saúde pública à visão individual de mães e obstetras clínicos.”

“Em termos globais, não há dúvida de que a maior parte desses procedimentos são desnecessários.”

“Ocorre que, do ponto de vista da mãe, não é absurdo optar pelo procedimento cirúrgico mesmo quando não há uma indicação clínica. Embora os riscos sejam comparativamente maiores, eles são baixos o suficiente para ser relevados.”

“Se a mulher não é devota da falácia naturalista e, por não querer sentir dor ou qualquer outra razão subjetiva, escolhe fazer a cesárea, não há razão médica ou moral para repreendê-la por isso.”

“Mais complicada é a situação do obstetra que pressiona para que suas clientes façam cesarianas. Em muitos casos, eles estão colocando sua própria comodidade e ganhos à frente dos interesses do paciente, o que é eticamente questionável.”

“De toda maneira, a civilização ocidental já resolveu esse dilema há tempos, ao advogar por democracias que dão aos indivíduos o direito de tomar as decisões relevantes para a sua saúde e sexualidade.”

Leia a coluna na íntegra: Excesso de cesarianas?, por Hélio Schwartsman (Folha de S.Paulo – 23/11/2011)

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