26/09/2010 – Gravidez pode reduzir perspectivas de futuro da adolescente (ClicRBS)

27 de setembro, 2010

(ClicRBS) Pesquisa da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) revela que apenas 30% das mães adolescentes frequentam a escola com regularidade, sendo que 57,5% interromperam os estudos ao se tornarem mães, e apenas 27,5% destas retornaram à escola. O estudo aponta que a responsabilidade de gerar e criar um filho pode diminuir as perspectivas de um futuro promissor para a garota, especialmente quando ela não tem apoio familiar.

A pesquisa entrevistou adolescentes mães e jovens que não tinham filhos e foi divulgada no âmbito do Dia Mundial da Prevenção da Gravidez na Adolescência.

O estudo revela ainda que 36,7% das mães não trabalham para cuidar dos filhos, e 67,5% destas têm renda familiar inferior a três e meio salários mínimos.

“A jovem que engravida, especialmente quando há baixo nível socioeconômico, é direcionada para a responsabilidade da criação do filho e do encargo doméstico o que a faz interromper os estudos. Consequentemente, isto a afasta do mercado de trabalho e perpetua a sua dependência financeira”, explica Cristina Guazzelli, professora adjunta do Departamento de Obstetrícia da Unifesp, onde foi feito o levantamento.

A pesquisa indica que o início precoce da atividade sexual também aumenta a possibilidade de gravidez não planejada ou os riscos de contágio de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs): 67% das mulheres não pedem para o parceiro usar preservativos em todas as relações sexuais.

Gravidez reincidente

O levantamento “Prevenção da reincidência de gravidez em adolescentes: efeitos de um Programa de Planejamento Familiar”, realizado pelo setor de Planejamento Familiar da Unifesp a partir da análise dos dados de 264 adolescentes que tiveram ao menos uma gravidez, demonstra que, em média, as jovens iniciaram a vida sexual aos 15 anos, sendo a primeira gravidez confirmada um ano depois.

No universo da pesquisa, 73,5% já haviam tido uma gestação; 24,2%, duas; e 2,3%, três.

Leia essa reportagem: Gravidez na adolescência pode reduzir perspectivas de futuro da mãe  (ClicRBS – 26/09/2010)

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