Brasil: epidemia de Zika expõe problemas de direitos, aponta pesquisa da Human Rights Watch

13 de julho, 2017

(Human Rights Watch, 13/07/2017) O Brasil não solucionou os já antigos problemas de direitos humanos que permitiram que a epidemia de Zika se intensificasse, deixando sua população vulnerável a futuros surtos e a outros graves riscos de saúde pública, disse a Human Rights Watch em um relatório divulgado hoje. O governo declarou, em maio de 2017, o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) para o vírus Zika, mas a ameaça do Zika no Brasil permanece.

Leia mais:
Human Rights Watch cobra do Brasil obras de infraestrutura para combater o Zika (Agência Brasil, 13/07/2017)
Problemas que causaram a zika no Brasil persistem, diz pesquisador (Bem Estar, 14/07/2017)
Microcefalia, associada à zika, ainda é motivo de preocupação (O Dia, 14/07/2017)
HRW alerta que Brasil pode enfrentar um novo surto de zika (EFE Saúde, 14/07/2017)

Confira o relatório na íntegra

O relatório de 109 páginas, “Esquecidas e desprotegidas: o impacto do vírus Zika nas meninas e mulheres no nordeste do Brasil” expõe lacunas na resposta das autoridades brasileiras que têm impactos prejudiciais a mulheres e meninas e deixam a população em geral vulnerável a surtos contínuos de doenças graves transmitidas por mosquitos. O surto de Zika ocorreu no momento em que o Brasil enfrentava a sua pior recessão econômica em décadas, forçando as autoridades a tomar decisões difíceis sobre a alocação de recursos na resposta à epidemia. Porém, mesmo anteriormente – inclusive em tempos de crescimento econômico – os investimentos governamentais em infraestrutura de água e saneamento foram inadequados. Anos de negligência contribuíram para as condições de água e esgoto que permitiram a proliferação do mosquito Aedes e a rápida disseminação do vírus, constatou a Human Rights Watch.

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