HIV/Aids: Brasil avança no cumprimento de metas da ONU

23 de março, 2015

(ONU Brasil, 23/03/2015) O Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde sediou na última terça-feira (17), em Brasília, reunião do grupo de trabalho que cuida da contribuição brasileira ao Relatório da Resposta Global à AIDS (Global AIDS Response Global Reporting – GARPR), do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).

Representantes do departamento, de outras áreas do Ministério da Saúde e do governo estiveram reunidos com membros de movimentos sociais, de estados e municípios e da academia, além de representantes do UNAIDS e de outras agências da ONU. Os participantes analisaram os esforços brasileiros entre 2014 e 2015 e discutiram os avanços na luta contra o HIV neste período.

O Brasil tem até 2020 para atingir a meta 90-90-90 assumida pelo país, perante a ONU, e que foi também recentemente adotada pelo bloco dos BRICS (formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), entre outros países. A meta prevê que, até 2020, 90% de todas as pessoas vivendo com HIV saibam que têm o vírus; 90% das pessoas diagnosticadas com HIV recebam terapia antirretroviral; e 90% das pessoas recebendo tratamento possuam carga viral indetectável e não possam mais transmitir o vírus.

Números da AIDS no Brasil

Durante a reunião, Fábio Mesquita, diretor do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, apresentou os números da luta contra a AIDS no Brasil, demonstrando que o país avança em relação ao cumprimento da meta. A estimativa é que 734 mil pessoas vivam com o HIV em território nacional.

Destas, 589 mil (80%) estão diagnosticadas (dados de 2013). Entre os diagnosticados, já aderiram ao tratamento com antirretrovirais 404 mil pessoas (68,5%) – 49 mil delas somente no ano passado –, e dentre os pacientes tratados, 338 mil (83%) encontram-se com a carga viral indetectável – 45 mil deles somente em 2014.

Os resultados são fruto da prevenção combinada do HIV, adotada no país desde 2013. Além do uso da camisinha, a prevenção combinada inclui o tratamento antirretroviral, a testagem regular do HIV, a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP Sexual), o exame de HIV no pré-natal, medidas de redução de danos entre pessoas que usam álcool e outras drogas e o tratamento de outras DSTs.

Com relação à meta de Zero Discriminação, os representantes das ONGs foram consensuais em dizer que há muito a se avançar no Brasil para diminuir o estigma em relação às pessoas vivendo com o HIV. Como exemplo dessa permanente discriminação, representantes de todos os setores presentes citaram a matéria exibida pelo programa da TV Globo “Fantástico”, no último domingo (15), sobre os “barebackers” do Clube do Carimbo, a qual contribuiu para acirrar o preconceito contra quem vive com o HIV.

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