Pressionado por extremistas, Queiroga revoga resolução que falava em garantir direito ao aborto legal

06 de agosto, 2021

Ministro recuou na homologação de portaria do Conselho Nacional de Saúde

(Folha de São Paulo | 06/08/2021 | Por Camila Mattoso)

Atacado nas redes sociais após homologar uma resolução do Conselho Nacional de Saúde que falava em “garantir o direito ao aborto legal” às mulheres, o ministro Marcelo Queiroga recuou. Na edição desta sexta-feira (6) do Diário Oficial da União , o titular da Saúde revogou a homologação da resolução publicada na terça-feira (3).

Em nota, o Ministério da Saúde disse que a revogação foi feita para que a resolução seja analisada juridicamente (veja a nota na íntegra abaixo).

A resolução de agosto de 2019 fala em um de seus trechos de “garantir o direito ao aborto legal, assegurando a assistência integral e humanizada à mulher”. Foi o suficiente para que Queiroga passasse a ser acusado de ser um defensor do aborto por apoiadores radicais de Jair Bolsonaro.

O ministro foi atacado não somente em suas redes sociais, mas também nos perfis de vários aliados do presidente. As mensagens diziam que Queiroga era “um abortista” que estaria facilitando o aborto no Brasil com a medida, o que não é verdade.

O trecho em questão está em um documento anexado à resolução, com diretrizes e propostas tratadas na 16ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 2019.

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