No dia internacional, Ban pede políticas de proteção às mulheres do campo

14 de outubro, 2016

Em mensagem para o Dia Internacional das Mulheres Rurais, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu mais políticas de proteção das mulheres do campo frente às mudanças climáticas, e destacou que elas representam quase metade da força de trabalho agrícola do mundo.

(ONU Brasil, 14/10/2016 – acesse no site de origem)

Em mensagem para o Dia Internacional das Mulheres Rurais, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu mais políticas de proteção das mulheres do campo frente às mudanças climáticas, e destacou que elas representam quase metade da força de trabalho agrícola do mundo.

“Elas cultivam, processam e preparam a maior parte de nossos alimentos”, disse Ban. “Elas são a espinha-dorsal das comunidades rurais, e em muitos domicílios, têm a responsabilidade de garantir segurança alimentar, oportunidades de educação e acesso a serviços de saúde”.

Segundo o chefe da ONU, os efeitos das mudanças climáticas e da degradação do clima estão forçando muitas mulheres do campo a migrar, aumentando a instabilidade para suas famílias e comunidades e criando um obstáculo para o desenvolvimento e o crescimento.

Além disso, desastres naturais, junto com crises recorrentes como seca, afetam as mulheres rurais de maneira desproporcional, aumentando os desafios já enfrentados no acesso a alimentos, serviços de saúde, educação e informação.

“Muitas mulheres do campo se mudam para encontrar terras mais produtivas e melhorar suas vidas e de suas famílias”, disse Ban. “Mas a migração pode aumentar o isolamento e a marginalização. Outras são deixadas para trás quando os homens da família vão embora para buscar oportunidades em outros lugares. Os dois grupos precisam do apoio da comunidade internacional, como parte integral dos debates sobre migração e desenvolvimento”.

De acordo com o secretário-geral, mudanças simples nas políticas podem beneficiar mulheres rurais e ajudá-las a lidar com os efeitos das mudanças climáticas. Ele citou como exemplo a regulação das remessas financeiras e a redução dos custos de transações, que poderiam empoderar as mulheres rurais economicamente, para que possam construir a resiliência de suas famílias e comunidades.

“O treinamento e o acesso à informação sobre agricultura e tecnologia resiliente podem fazer a diferença. Mas, frequentemente, essas questões são consideradas masculinas, e as mulheres são excluídas de seus benefícios.”

Ban lembrou que a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável promete não deixar ninguém para trás. “Para fazer isso, precisamos ajudar as mulheres rurais a prosperar, acessar o apoio e a informação de que precisam, para que possam realizar seu potencial sem deixar suas comunidades”, concluiu.

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