Câmara elege procuradora da Mulher e coordenadora-geral dos Direitos da Mulher

11 de março, 2015

(Câmara Notícias, 11/03/2015) As 13 deputadas do PT e do PCdoB não votaram, em protesto contra a nova divisão dos cargos pelos partidos

A bancada feminina elegeu nesta quarta-feira a deputada Dâmina Pereira (PMN-MG) como a nova Coordenadora dos Direitos da Mulher e reconduziu a deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA) para a Procuradoria da Mulher da Câmara dos Deputados.

Também foram eleitas as deputadas Flávia Morais (PDT-GO), Carmen Zanotto (PPS-SC) e Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) como coordenadoras-adjuntas, e as deputadas Gorete Pereira (PR-CE) Keiko Ota (PSB-SP) e Rosangela Gomes (PRB-RJ) como procuradoras-adjuntas.

Reunião para eleição da Coordenadora-Geral dos Direitos da Mulher na Câmara. Coordenadora eleita, (E) dep. Dâmina Pereira (PMN-MG)

Dâmina Pereira (E) e Elcione Barbalho (D), eleitas nesta quarta-feira (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

As 13 deputadas do PT e do PCdoB não votaram, em protesto ao que classificam como “uma afronta à autonomia da bancada feminina”. A Mesa Diretora da Câmara definiu que a eleição para os dois cargos deveria seguir a proporcionalidade dos blocos parlamentares, a exemplo do que já acontece com as comissões. Até então, os cargos eram divididos entre os partidos com maior número de mulheres, sem levar em conta os blocos.

Protestos do PT
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) foi contra a nova metodologia. Ela defendeu que o PT, que tem o maior número de mulheres, ocupasse a coordenação da bancada. “Nós, mulheres do PT, vamos continuar unidas a todas as mulheres. Nem o presidente Eduardo Cunha nem ninguém poderá nos separar. Apenas não votamos porque houve um interdição à nossa presença no comando da bancada feminina”, disse.

Para a deputada Soraya Santos (PMDB-RJ), a ausência das deputadas do PT na eleição das novas representantes da bancada é contrária à luta das parlamentares. “Nós não representamos nem 10% da Câmara. A mulheres precisam se unir. As regras da Casa foram colocadas e regimentadas pelo presidente. A retirada das deputadas do PT, porque não vão disputar o cargo máximo, só nos causa um sentimento de tristeza”, desabafou.

A Secretaria da Mulher foi criada na Câmara em 2013. Essa estrutura uniu a Procuradoria da Mulher, criada em 2009, e a Coordenadoria dos Direitos da Mulher, que representa a Bancada Feminina.

Karla Alessandra

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