Candidaturas negras ganham impulso com divisão de verbas de campanha, mas movimento cobra partidos

31 de agosto, 2020

Apesar da ação afirmativa que garante recursos para 2022, lideranças antirracistas demandam que as legendas deem mais apoio econômico a candidatos negros já nas eleições deste ano e não repitam distorções das cotas femininas após decisão do TSE

(El País | 31/08/2020| Por Breiller Pires)

Em 2018, quase metade das candidaturas ao Legislativo em todo o país era de pessoas negras, mas, no fim, somente 4% acabaram eleitas. Uma delas foi Benedita da Silva (PT-RJ), que renovou seu mandato de deputada federal e hoje é pré-candidata à Prefeitura do Rio de Janeiro. Inconformada com a baixa representatividade na política, ela apresentou uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) demandando reparte mais igualitário de recursos públicos de campanha entre candidatos negros e brancos, o que foi aprovado por maioria pelos ministros na semana passada. Pela decisão, que vale a partir de 2022, a divisão dos fundos partidário e eleitoral, além do tempo de propaganda na TV, terá de ser proporcional ao número de postulantes negros.

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