Ao Brasil de Fato, chefe da pasta falou sobre as estratégias do Ministério da Mulher para enfrentar a violência política
Somente 37 dos 172 pré-candidatos cotados para concorrer às prefeituras das capitais dos 26 estados do Brasil são mulheres, o que representa 20%, segundo um levantamento feito pela Folha de S. Paulo. Nesse cenário, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, afirma que o governo federal fará um trabalho de incentivo de campanha para que as mulheres sejam candidatas.
“Nós vamos fazer um trabalho muito mais de incentivo de campanha para que as mulheres sejam candidatas. A gente tem a iniciativa Brasil sem Misoginia que trabalha a perspectiva de acabar com o ódio contra as mulheres. É justamente o ódio que faz com as mulheres sejam retiradas dos parlamentos e com que se cortem os microfones”, afirmou a chefe da pasta em entrevista ao Brasil de Fato.
“Nós corremos o país com audiências públicas nas assembleias, falando com vereadores, governadores, prefeitos e candidatas. Então, primeiro, é incentivar e fomentar as candidaturas. Também é preciso dar apoio político para que elas possam, de fato, em qualquer partido que estejam, se sentir fortalecidas para serem candidatas”, disse.
Nas últimas eleições municipais, em 2020, apenas 12% dos prefeitos eleitos em todo o país eram mulheres, segundo levantamento do Instituto Alziras. Nas capitais, somente uma mulher foi eleita: Cinthia Ribeiro (PSDB), em Palmas, capital do Tocantins.