Relatório denuncia perseguição a professores que discutem gênero e sexualidade

13 de maio, 2022

(Brasil de Fato| 12/05/2022 | Por Rodrigo Gomes)

A organização Human Rights Watch (HWR) lançou nesta quinta-feira (12) o relatório Tenho medo, esse era o objetivo deles: esforços para proibir a educação sobre gênero e sexualidade no Brasil. O documento analisa 217 projetos de lei apresentados e leis aprovadas, entre 2014 e 2022, destinadas a proibir explicitamente o ensino ou a divulgação de conteúdo sobre gênero e sexualidade nas escolas. A organização também documentou um “esforço político” para desacreditar e restringir a educação sobre gênero e sexualidade, reforçada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. Além disso, apontou essa tipo de ação do governo e de outros políticos como forma de que tirar proveito político da exploração desses valores conservadores em parte da sociedade. Para o pesquisador HWR Cristian González Cabrera, esses grupos “criam um problema que não existe”.

“A educação sobre gênero e sexualidade é usada como ferramenta política e por políticos que querem se popularizar entre determinada parcela da população”, observa o pesquisador. Para ele, o presidente Bolsonaro sempre explorou esse viés usando a desinformação e inventando problema que não existe, de que as crianças estariam sendo doutrinadas nas escolas com a chamada “ideologia de gênero”. “Claro, existem algumas partes conservadoras da sociedade brasileira que se opõem a que as crianças aprendam sobre diversidade sexual. Mas também é verdade que muitos brasileiros querem que as crianças e adolescentes aprendam sobre a saúde e tolerância. Porém, infelizmente, eles são enganados por informações perigosas e enganosas de políticos oportunistas”, garante o pesquisador.

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