Fundada nesta segunda, Associação das Mulheres Diplomatas Brasileiras reivindica representatividade na diplomacia
Fundada nesta segunda-feira (16), a Associação das Mulheres Diplomatas Brasileiras tem como uma de suas principais reivindicações o cumprimento das promessas do chanceler Mauro Vieira de trabalhar pela equidade de gênero no Ministério das Relações Exteriores.
O grupo espera que em seis meses Vieira baixe uma portaria que possibilite aumentar o número de mulheres em cargos de liderança no Itamaraty. Hoje, 23% dos diplomatas são mulheres, mas elas ocupam apenas 12,2% dos postos de chefia no exterior —muitos dos quais em consulados. Vagas estratégicas nas embaixadas e em secretarias importantes da pasta continuam redutos masculinos.
“Achamos que o ministro está na posição de passar a seguinte mensagem: ‘Olha, vocês queriam uma mulher [titular do ministério]. Eu sou homem, mas tenho o propósito de criar condições para que eu seja sucedido por uma mulher; está nas minhas mãos entregar oportunidades de postos importantes para mulheres, para que elas possam ascender'”, diz à Folha a embaixadora Irene Vida Gala, subchefe do Escritório de Representação do Itamaraty em São Paulo e presidente da associação.