Guerra contra o estupro não pode ceder, editorial do jornal O Dia

12 de outubro, 2015

(O Dia, 12/10/2015) O desprezo que em muitos casos releva ou justifica o estupro é costume arraigado em gerações

Ainda são alarmantes as estatísticas de estupro e ataque contra vulneráveis no país, crimes que se mantêm no topo das ocorrências graças a uma absurda cultura machista e covarde. Como O DIA mostrou sábado, em 2014 se contou uma agressão sexual a cada 11 minutos no Brasil — ou 47.643 casos, 5.676 só no Estado do Rio.

Ainda que se ressalve o fato de ter havido queda de 6,7% diante dos números de 2013, o Brasil não pode considerar estar a um passo de ganhar de vez essa batalha. Crime de estupro ainda é um dos menos notificados, o que torna o combate mais difícil e, até certo ponto, às cegas.

Muito se avançou com a Lei Maria da Penha, e há um nítido esforço para facilitar o acesso das vítimas às autoridades policiais e reduzir o tempo até as condenações ou medidas restritivas de fato.

Mas o desprezo que em muitos casos releva ou justifica o estupro é costume arraigado em gerações. Só um trabalho de educação desde a base vai acabar com o martírio de milhares de mulheres.

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