Participantes de audiência condenam ataques racistas e homofóbicos na UnB

15 de julho, 2016

(Agência Câmara, 15/07/2016) A Comissão de Cultura realizou audiência pública para discutir os aspectos culturais dos recentes ataques racistas e homofóbicos que partiram de grupo extremista contra estudantes da Universidade de Brasília (UnB).

No mês passado, um grupo de manifestantes foi ao Instituto Central de Ciências da UnB com megafone e bandeiras do Brasil e começou a gritar insultos racistas e homofóbicos, provocando e intimidando os estudantes. Além dos xingamentos e ameaças de agressão, os alunos dizem que foram seguidos por um motociclista no estacionamento da universidade.

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Segundo a deputada Érika Kokay (PT-DF), essa ação não é isolada e representa o momento atual por que passa o país. “Pessoas que foram lá e com todas as expressões homofóbica, sexista, racista e que depois se descobriu no processo de investigação que toda essa manifestação foi organizada. Então, ela não foi alguma coisa fortuita, ela foi planejada, organizada como uma forma de impedir que os negros pudessem estar na universidade, de impedir que as pessoas pudessem se posicionar politicamente”, afirmou a parlamentar.

A coordenadora das questões negras da Diretoria da Diversidade da UnB, Joelma Rodrigues, afirmou que é preciso que temas como esse sejam discutidos na Câmara para que os parlamentares saibam que os alunos negros estão sendo vítimas de discriminação e violência também dentro das universidades.

Para a educadora, “o que ameaça os nossos filhos e as nossas filhas não é discutir orientação e identidade de gênero. O que ameaça nossos filhos é a violência mesmo, física.”.

A vice-presidente regional da União Nacional dos Estudantes (UNE), Luiza Calvette, destacou que os alunos estão atentos e mobilizados para o combate a esse tipo de violência dentro e fora do campus universitário. “A gente tem uma UnB menos elitista, mais diversa e a gente vê nesse momento de golpe no País os grupos conservadores ascendendo, então, na UnB não é diferente.”, reiterou.

A procuradora do Distrito Federal, Luciana Loureiro, sugeriu um maior controle disciplinar dentro da universidade e a apuração da conduta desse grupo que, segundo ela, foi premeditada e criminosa.

Reportagem – Karla Alessandra
Edição – Carol Linden

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