MPF pede condenação de apresentador Sikêra Júnior por discurso de ódio contra mulheres

07 de junho, 2021

Sikêra Júnior durante uma edição do seu programa em 2018 disse que uma mulher negra tinha “venta de jumenta”

(Globo | 07/06/2021 | Por Redação | Acesse a matéria completa no site de origem)

RIO – O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou na última sexta-feira, dia 4 de junho, uma ação cívil pública em que pede que o apresentador Sikêra Júnior seja condenado a reparar “dano moral coletivo decorrente de discurso de ódio às mulheres”.  A ação se refere a um episódio ocorrido em 5 de junho 2018, quando o âncora de programas policiais teria usado expressões racistas e misóginas para se referir a uma mulher negra, presa sob custódia do estado da Paraíba.

O Ministério Público quer que Sikêra indenize R$ 200 mil a mulher e pague mais R$ 2 milhões a entidades feministas ou de direitos humanos. O MPF também pede que o apresentador seja condenado a se retratar nas redes sociais e na TV Arapuan, emissora na qual as ofensas teriam sido transmitidas.

A gravação com o momento da ofensa pode ser encontrado nas redes sociais. Nela, o apresentador ao se referir a mulher, diz que ela tem “venta de jumenta”. “O desígnio do réu é claramente escarnecer a personalidade de uma mulher em situação de vulnerabilidade social (pobre, vítima das drogas e com a liberdade cerceada) que sequer pôde exercer seu direito de resposta, por estar sob custódia do Estado”, apontou o Ministério Público Federal na ação.
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