Vídeo: pedagoga gravada fazendo ofensas racistas foi presa, pagou fiança e responderá por injúria

30 de agosto, 2016

“Nasça branca”, disse ela para duas mulheres na Barra da Tijuca. A mulher que aparece em um vídeo gravado na praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, foi levada para a delegacia após proferir ofensas raciais contra duas mulheres, segundo informou nesta terça-feira (30) a Polícia Civil. O vídeo, que viralizou nas redes sociais, provocou revolta em internautas. Identificada como Sonia Valéria Rebello Fernandez, a mulher de 45 anos foi autuada em flagrante pelos crimes de injúria e injúria por preconceito na tarde do último domingo (28), segundo a 16ª DP (Barra). O caso foi encaminhado à Justiça.

(R7, 30/08/2016 – para assistir ao vídeo, acesse no site de origem)

Após verificar as provas apresentadas, a delegada de plantão determinou a prisão em flagrante. Segundo a polícia, Sonia, que é pedagoga, não pagou a fiança arbitrada em R$ 2.000 e foi encaminhada à Justiça. Em juízo, ela pagou R$ 500 de fiança e foi solta.

As imagens foram visualizadas mais de 2,2 milhões de vezes e tiveram quase 32 mil compartilhamentos em pouco mais de 24 horas no Facebook (veja o vídeo).

O vídeo mostra a mulher chamando outra de “complexada” por ter nascido “mulata”. A mulher que sofre as ofensas não aparece nas imagens. “Não tenho culpa de você se sentir agredida por ser mulata, amor. Você é uma complexada. Nasça branca. Você nasceu mulata. Fazer o que?”, afirma a banhista.

Ela também debocha de estar sendo gravada e questiona o motivo de a outra mulher estar na praia tomando sol. “Você é uma complexada, por ter cabelo duro. Grava essa m… mesmo e leva para a delegacia, que você vai pagar mico. Você vem para cá, por quê? Faz um penico no fundo da sua casa para pegar sol”, zomba.

Internautas reagiram dizendo que ela deve ser punida e ir para a cadeia. Outros dizem que é inacreditável e triste que ainda existam pessoas assim. “Chocada com tamanha falta de respeito”, disse uma internauta que comentou a publicação. “Vamos viralizar essa imagem de ódio e intolerância gratuita”, comenta outra usuária da rede social.

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