Veja países onde o estupro é usado como arma de guerra

06 de julho, 2014

(iG, 06/07/2014) Estão na lista Congo, com mais de 3 mil vítimas de 2010 a 2013, e a Síria, onde crianças sofrem abusos de forças do governo.

Mais de 38 mil pediram ajuda da ONU após sofrer ataques sexuais ou outro tipo de violência de gênero na guerra da Síria em 2013, relatou o Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa). Segundo a entidade, foi prestado apoio a 33.430 vítimas de violência doméstica, estupro, entre outros crimes, nos primeiros 11 meses de 2013; em dezembro, outras 4,8 mil foram assistidas em locais como Homs e Damasco.

Este ano, relatório da ONU sobre o país chamou a atenção para os crimes contra as crianças. Dados de 1º de março de 2011 a 15 de novembro de 2013 mostram que muitas delas foram presas como adultos, torturadas e estupradas pelo regime, principalmente entre 2011 e 2012. Crimes foram cometidos inclusive por forças do governo, como o Exército e serviços de inteligência. Conheça os países com maior número de casos:

Síria: relatório da ONU aponta que, no início do levante contra presidente, Exército era o principal responsável por violações sexuais de crianças.

Síria: segundo a ONU divulgou em 2013, mais de 38 mil pediram ajuda após serem vítimas de crimes como estupros.

Nepal: insurreição maoísta de dez anos terminou em 2006. Está em lista da ONU dos países com mais denúncias de estupro.

Serra Leoa: Guerra civil de uma década terminou em 2002. Mais de 70% das vítimas eram menores, disse a ONG Save the Children em 2013.

Libéria: país foi palco de guerras civis (1989-1996 e 1999-2003). Das vítimas de estupro, 83% tinham menos de 17 anos, diz Save the Children.

Bósnia: durante conflitos no início dos anos 1990, entre 20 mil e 50 mil mulheres foram estupradas, diz ONU.

Afeganistão: país é palco de invasões e da atuação do Taleban. Em janeiro, houve ‘estupros públicos’, disse comissão de direitos humanos afegã.

Congo: relatório da ONU mostra que mais de 3,6 mil foram vítimas de violência sexual no país entre 2010 e 2013.

Congo: 25% das vítimas eram crianças. Um terço dos relatos indica que os agressores eram membros do Exército nacional.

Iêmen: em 2012, a Unicef disse que a Al-Qaeda na Península Arábica forçou meninas, incluindo menores de 13, a se casar com combatentes.

Sudão do Sul: estupro é considerado alto em Estados como o Alto Nilo, afetados pela disputa política e étnica entre forças do presidente e milícias.

Costa do Marfim: milícias são acusadas de estupro, segundo a ONU. A ex-primeira-dama Simone Gbagbo foi acusada de ter papel em crimes.

Mali: em 2013, relatório da ONU indicou que grupos extremistas vitimaram mulheres sob execução da lei islâmica, cometendo estupros, execuções etc.

Mali: documento da ONU diz que a violência aconteceu tanto no norte, ocupado por rebeldes islâmicos, quanto em áreas sob controle do governo.

República Centro-Africana: em relatório deste ano, a ONU cita ‘indícios de estupro de guerra nos ataques de março a dezembro de 2013’.

Luanda: segundo a ONU, cerca de 700 mulheres foram estupradas em 2010 na fronteira com o Congo por soldados angolanos.

Angola: relatório deste ano divulgado pela ONU colocou o país entre os 21 onde o estupro é usado como arma de guerra.

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