Total de mulheres assassinadas até ontem, em 2021, supera em 47% a quantidade de todo o ano passado. Diante de um cenário alarmante, secretarias de governo enfatizam que combate à violência doméstica é prioridade no DF
(Correio Braziliense | 08/12/2021 | Por Darcianne Diogo e Pedro Marra)
Duas mulheres com histórias distintas tiveram o mesmo destino trágico nas mãos dos agressores. As ocorrências mais recentes chocaram a população da capital federal e despertaram a atenção de autoridades e especialistas quanto à necessidade do desenvolvimento de políticas públicas para combater o ciclo de violência contra a mulher. Questões como desigualdade entre gêneros, sentimento de posse e falta de educação são alguns dos pontos apontados por estudiosos para a permanência da covardia.
Conscientização
A Secretaria da Mulher do DF enfatizou que, desde o início da gestão atual, está “empenhada em criar programas de prevenção e combate à violência de gênero, projetos e ações que fortaleçam a rede de enfrentamento à violência e o acolhimento às vítimas”. Esta semana, por exemplo, ocorre em Planaltina a Jornada Zero Violência contra Mulheres e Meninas, parceria da pasta com a SSP-DF e o Fundo de Populações da Organização das Nações Unidas (ONU).
“A proposta é mobilizar a população do Distrito Federal a divulgar e fortalecer a rede de enfrentamento à violência de gênero, além de reforçar os canais de denúncias disponíveis e, também, apresentar à comunidade os equipamentos de acompanhamento psicossocial, apoio e acolhimento das vítimas”, informou a secretaria. A ação prevê, durante uma semana, palestras para a comunidade, capacitação dos funcionários da administração regional, além de visitas aos serviços de acolhimento e proteção às vítimas de violência em Planaltina.