Neste 28 de setembro, movimentos de todo o mundo celebram a luta feminista pelo direito de decidir sobre a interrupção da gravidez. Ação ocorre em meio ao acirramento global da disputa em torno do tema
(Gabriela Leite/Outra Saúde) “São tempos incertos”: assim começa a chamada global para o Dia Internacional do Aborto Seguro, convocado por uma rede de movimentos de 130 países para amanhã, 28 de setembro. A data é marcada por ativistas, especialmente latino-americanas, desde os anos 1990 – mas 2022 foi um ano de retrocessos notáveis.
O mais gritante aconteceu nos Estados Unidos, onde a Suprema Corte reverteu uma decisão em prol das mulheres, que agora estão em situação delicada. Mas também a China deu um passo atrás, ao decidir que abortos só podem ser feitos por “questões médicas”. E mesmo o Irã retrocedeu ainda mais, ao restringir até direitos de contracepção e de esterilização voluntária. São tempos incertos.
Na América Latina, os ventos ainda são de mudança, alcançada pela luta feminista. A última vitória aconteceu na Colômbia, onde o aborto foi descriminalizado até a 24ª semana de gestação. Já no Brasil, o tema é interditado por um governo de extrema-direita e um Congresso Nacional conservador. Entre a população, 67% acreditam que a criminalização do aborto não resolve o problema e 77% concordam que mulheres pobres sofrem mais com a proibição.
Acesse a matéria completa no site de origem.