A quem interessa o antifeminismo?, por Aline Mandelli, Jéssica Idalina, Mariana Della, Barba Vanessa Rozan e Carla Cristina Garcia

Crédito Duane Carvalho – Mídia Ninja

Foto: Duane Carvalho/ Mídia Ninja

16 de agosto, 2023 Folha de S.Paulo Por Aline Mandelli, Jéssica Idalina, Mariana Della, Barba Vanessa Rozan e Carla Cristina Garcia

Há mulheres, muitas brancas e ricas, engajadas em minar a luta de outras

Há algo de podre (e antigo) no reino do antifeminismo atual e em sua tentativa de devolver as mulheres à domesticidade, como podemos ver no artigo “O feminismo contra as mulheres” (23/7), da colunista Lygia Maria, publicado nesta Folha.

O texto —que defende que o movimento feminista atual promove vitimismo, faz mulheres confundirem paquera com assédio e as ensina “a procurar agressão onde nem sempre há”— é um claro exemplo do que a autora Susan Faludi chamou de “backlash”. Um contra-ataque conservador e machista que surge a cada avanço feminista.

A alegação de que os movimentos feministas incitam a vitimização é infundada e distorce seus propósitos. Para evitar esses equívocos, é preciso entender sua natureza. O primeiro ponto é compreender que o feminismo não retrata mulheres como vítimas indefesas, mas reconhece a histórica discriminação que sofrem no trabalho, na política, na educação e na vida doméstica.

Outra questão central é conscientizar mulheres sobre sua condição para encorajá-las a exercer a autonomia e lutar por igualdade de tratamento, subverter normas patriarcais e promover transformações estruturais na sociedade. Nada mais distante de vitimização!

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