Recentemente, parlamentares foram alvo de ameaças de morte e de “estupro corretivo”; Brasil registra sete casos de violência política contra mulheres negras a cada 30 dias
A vereadora de Belém (PA), Bia Caminha (PT), tem sido alvo de vários tipos de ameaças que citam sua condição enquanto mulher negra e LGBTQIAPN+. Na mais recente, a parlamentar foi ameaçada de “estupro corretivo”.
Na mensagem enviada à vereadora por e-mail, o autor, que se identifica como Doutor Astolfo Bozzônio Rodriguez, narra o que seria uma sessão de “estupro corretivo terapêutico”. A parlamentar registrou Boletim de Ocorrência (BO).
“Isso não é violência (…), uma terapia de eficácia comprovada que ‘cura’ o ‘homossexualismo’ feminino, porque ser ‘sapatão’ é ser uma aberração. Referi-me a bissexuais, pois o ‘bissexualismo’ feminino é uma variante dessa doença chamada ‘lesbianismo’.”, diz a mensagem.
O documento termina com o autor tentando intimidar a vereadora ao dizer que teria acesso a dados pessoais dela. “Se quiser, posso ir na sua casa (já tenho seu endereço) e fazer uma demonstração sem compromisso do Estupro Corretivo Terapêutico. O que acha?”, propõe o homem.