A Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica pediu que o Supremo Tribunal Federal derrube uma lei de Goiás que obriga gestantes a ouvirem os batimentos cardíacos do feto antes de realizarem procedimentos de aborto legal. A ação foi apresentada nesta quarta-feira 31.
Na representação, a ABMCJ sustentou que a norma tem os objetivos de “causar constrangimento ao exercício regular do direito ao aborto legal e seguro”, “criar restrições abusivas” e fomentar “pânico moral na sociedade contra as mulheres”.
“A lei em tela se camufla de boas intenções ao defender o ‘nascituro’, mas na verdade serve primordialmente de ataque às mulheres”, escreveu a entidade. “Leis como essa são propostas em todo o País em uma tentativa organizada e deliberada de ascensão de uma espécie de totalitarismo teocrático”.